Ednaldo Rodrigues resolveu promover mudanças na estrutura da arbitragem brasileira. O presidente da CBF demitiu Wilson Luiz Seneme do comando da arbitragem, anunciou novos nomes para compor a comissão e criou um comitê consultivo permanente para acomodar o que chamou de “especialistas internacionais”.
O ex-árbitro Rodrigo Martins Cintra será o novo coordenador e ocupará o cargo que era de Seneme, que estava na CBF desde 2022 e foi alvo de constantes críticas de diferentes clubes enquanto chefiou a arbitragem do futebol brasileiro.
Seneme enfrentou problemas na sua missão de tornar o jogo mais dinâmico, como afirmou que gostaria. Sob o seu comando, as partidas continuaram com interferências do juízes e do VAR.

Luiz Flávio de Oliveira, Marcelo Van Gasse, Fabrício Vilarinho, Luis Carlos Câmara Bezerra, Eveliny Almeida, Emerson Filipino Coelho compõem a nova comissão de arbitragem.
Já o comitê de consultores internacionais tem o italiano Nicola Rizzoli e o argentino Néstor Pitana, que apitaram as finais da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, entre Alemanha e Argentina, e de 2018, na Rússia, entre Croácia e França, além de Sandro Meira Ricci.
“Nós podemos, de alguma maneira, melhorar a qualidade dos critérios, a linha de intervenção e a uniformidade dos árbitros também”, afirmou Rizzoli, em discurso gravado da Itália.
“O árbitro é um servidor do futebol e o futebol está sempre do lado da arbitragem. Creio que é necessário que a arbitragem seja humanizada”, disse Pitana, recém-aposentado. Ele apitou também a final da Libertadores de 2021, vencida pelo Palmeiras.
Ednaldo organizou um evento na sede da CBF, no Rio, para anunciar a nova comissão da arbitragem, que é “multidisciplinar e técnica”, nas palavras do presidente da CBF. Ele agradeceu Seneme e disse pensar de “forma global”.
A CBF tira aquele papel de haver um condutor de tudo que possa estar na arbitragem e expande para que sejam pessoas com total conhecimento e disciplina para, de forma conjunta, encontrar a melhor solução para o futebol brasileiro.
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF
Segundo o dirigente, haverá um ranking de árbitros, que passarão por avaliações periódicas, e será criada uma escola nacional de formação de árbitros. Seu plano é que o setor seja profissionalizado.
“É um trabalho não só da comissão, da estrutura da arbitragem. Tem que ser comungado com clubes e jogadores para que não possa haver tantas situações que acontecem e colocam que a arbitragem é a culpada”, completou o cartola.