Os protestos não acabam no Botafogo. Neste sábado, horas antes do jogo com o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, no Engenhão, cerca de 300 torcedores foram até a sede do clube, em General Severiano, revoltados com a incerteza do futuro do time. Apesar da presença da polícia militar, várias manifestantes pularam o muro e a entrada acabou sendo liberada pela segurança. Dirigentes e jogadores não estavam no local.
O presidente Nelson Mufarrej, o membro do comitê de futebol, Carlos Augusto Montenegro, e os jogadores Pedro Raul e Barrandeguy foram os principais alvos dos protestos. Em uma das várias faixas colocadas dentro da sede, uma delas tinha escrito "Vergonha na cara, time de frouxos".
Na quinta-feira, muros do Estádio Engenhão foram pichados. O alvo, mais uma vez, foram dirigentes e jogadores, assim como nos protestos de quarta-feira, após a derrota para o Cuiabá, por 1 a 0, na terça-feira, em pleno Engenhão, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil. O resultado também causou a queda do técnico Bruno Lazaroni, que estava no cargo havia apenas um mês.
Fora de campo, durante a semana, o projeto S/A se apresentou sem garantia de ser concretizado. Em entrevista, Carlos Augusto Montenegro, membro do comitê executivo de futebol, disse que o Botafogo está falido.
O Botafogo vai levar toda esta crise para o gramado no sábado às 17 horas, quando vai receber o Ceará, em duelo válido pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Neste jogo, a equipe será comandada pelo preparador de goleiros, Flávio Tenius.
O time soma apenas 19 pontos e é o 16º colocado, uma posição à frente da zona de rebaixamento. O Botafogo soma três vitórias, dez empates e quatro derrotas. São 17 gols a favor e 20 contra.
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