Clubes barram limite de troca de treinadores em uma única edição

Lei 'Caio Júnior' permitiria trocas apenas após dívidas serem quitadas com técnico anterior

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A Federação Brasileira dos Treinadores de Futebol (FBTF) foi criada em 2013 com o objetivo de representar os interesses da categoria. Uma das principais reivindicações da entidade é aprovar a Lei Caio Júnior – nome dado em homenagem ao treinador que morreu na queda do avião em que estava a delegação da Chapecoense, em 2016 –, que tramita no Congresso. O texto obriga que um clube só possa contratar outro treinador após quitar todas as dívidas com o comandante anterior.

Outra proposta da FBTF é incluir no regulamento dos campeonatos uma limitação para a troca de técnicos. “A CBF tem tentado colocar essa regra para impedir a rotatividade de treinadores, mas os clubes sempre derrubam. O futebol melhoraria com isso, porque os profissionais teriam mais estabilidade”, afirmou o presidente da entidade, José Mário Barros.

Lei para limitar trocas de técnicos no Campeonato Brasileiro foi batizada com o nome de Caio Júnior, técnico da Chapecoense que faleceu no desastre aéreo Foto: Alex Silva|Estadão

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De fato, nas últimas reuniões do Conselho Arbitral, os clubes aprovaram várias propostas, como a utilização do VAR e a liberação dos gramados sintéticos, mas a proposta de limitar a troca de comandante nos times esbarrou na resistência da maioria dos dirigentes de futebol, justamente aqueles que decidem pela demissão do profissional.

Entre os técnicos da Séries A e B, o atual recordista de permanência é Gerson Gusmão. O treinador do Operário (PR) está há quatro anos e meio no cargo. Nesse período, conquistou as Séries D e C do Brasileiro e se manteve na Série B em 2019. 

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“A diferença no meu caso é a visão do clube. Passamos por momentos de cobranças e de resultados ruins, mas a direção sabia dos nossos projetos e me deu tranquilidade”, disse.

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