O Campeonato Brasileiro de 2018 não terá árbitro de vídeo. A introdução do recurso foi vetada nesta segunda-feira pela maioria dos clubes da Série A, durante reunião do conselho arbitral, realizada na sede da CBF, no Rio. No entanto, o uso da tecnologia será adotado na Copa do Brasil, a partir da fase de quartas de final.
+ Erros de arbitragem em jogos com VAR iniciam polêmica na Europa A adoção da tecnologia para auxiliar a arbitragem a dirimir dúvidas relacionadas a lances de gol, pênalti, aplicação de cartão vermelho e também à identificação de atletas estava dividindo os clubes tanto pelo aspecto técnico, por interferir na marcação do juiz, como financeiro. Muitos clubes queriam que a CBF arcasse com os custos, estimados em R$ 30 mil por partidas, e não concordaram em pagar totalmente ou em parte os gastos.
O tema foi colocado em votação e 12 clubes posicionaram-se contra. Apenas sete foram a favor e o São Paulo não votou, pois seu representante deixou a reunião antes de o assunto ser definido.
Sergio Correa, ex-chefe do departamento de arbitragem da CBF e responsável pelos estudos para a implantação do VAR, como o árbitro de vídeo é chamado oficialmente, negou que os custos tenham sido preponderante para a negativa. “ Não foi exatamente a questão do custo. Teve clube que argumentou com a questão técnica, outro falou de testes, alguns de custos. Uma pena’’, lamentou. No conselho arbitral, os clubes aprovaram o uso da grama sintética em substituição à natural - é o caso, atualmente, da Arena da Baixada, estádio do Atlético Paranaense. Outra decisão tomada pelos clubes permite a venda de cinco mandos de campo, desde que o clube visitante concorde, assim como a federação à qual o mandante é filiado. E a venda não pode acontecer nas últimas cinco rodadas do campeonato.
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