O apito final do árbitro Bruno Arleu de Araújo no empate sem gols com o Grêmio, na noite desta quarta-feira, foi seguido por muita revolta do elenco e da comissão técnica do São Paulo. Insatisfeitos com a conduta, eles cercaram o juiz, pois consideraram que os sete minutos de acréscimos foram insuficientes para repor o tempo perdido com paralisações.
As reclamações renderam duas expulsões no São Paulo, do atacante Tréllez e do técnico Fernando Diniz. Eles protestaram contra a suposta catimba gremista, como explicou, em entrevista na saída do gramado, o goleiro Tiago Volpi. Na confusão, policiais militares precisaram intervir para proteger a arbitragem.
"A todo momento um jogador caía no chão. Goleiro demora 40, 50 segundos para bater tiro de meta. Avisamos no intervalo que queriam atrasar. A gente queria acelerar. Se ele dá os 10 ou 12 minutos que tinha que dar e a gente perde, tranquilo. Essa é a nossa indignação. Mas não vai voltar atrás", disse o goleiro, em entrevista ao SporTV, também criticando a postura gremista no empate por 0 a 0.
Ao São Paulo, em jejum de títulos desde 2012 e sem nunca ter sido campeão da Copa do Brasil, resta o Campeonato Brasileiro para buscar uma taça nesta temporada. Mas a possibilidade é boa, afinal, o time está na liderança e com sete pontos de vantagem para Atlético-MG e Flamengo. E voltará a jogar pelo torneio em 6 de janeiro, quando visitará o Red Bull Bragantino.
Volpi destacou essa possibilidade de conquista e pediu foco no time na disputa do Brasileirão, deixando de lado a decepção pela queda no torneio mata-mata. "Erguer a cabeça e pensar no Brasileiro. Agora, aumenta nossa responsabilidade pelo título", afirmou o goleiro.
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