A Fifa realizou nesta quarta-feira, 21, o sorteio das chaves do torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio. Ao todo, 16 seleções masculinas e 12 femininas participarão da competição. As partidas serão disputadas em seis cidades — Tóquio, Sapporo, Saitama, Miyagi, Yokohama e Ibaraki — entre 21 de julho e 7 de agosto.
Atual campeã olímpica, a seleção brasileira masculina abre o grupo D e vai enfrentar Alemanha, Costa do Marfim e Arábia Saudita na primeira fase. Brasil e Alemanha, inclusive, fizeram a última final olímpica no Maracanã. As partidas do Brasil serão disputadas nos estádios de Yokohama e de Saitama. Já o time feminino ficou no grupo F e vai enfrentar China, Zâmbia e Holanda nos estádios de Miyagi e Saitama.
Confira os grupos e as datas dos jogos.
Seleções masculinas
- Grupo A: Japão, África do Sul, México e França
- Grupo B: Nova Zelândia, Coreia do Sul, Honduras e Romênia
- Grupo C: Egito, Espanha, Argentina e Austrália
- Grupo D: Brasil, Alemanha, Costa do Marfim e Arábia Saudita
Seleções femininas
- Grupo E: Japão, Canadá, Reino Unido e Chile
- Grupo F: China, Brasil, Zâmbia e Holanda
- Grupo G: Suécia, Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia
Jogos da seleção masculina
- Brasil x Alemanha, dia 22/07, às 5h30 (horário de Brasília), no estádio de Yokohama
- Brasil x Costa do Marfim, dia 25/07, às 5h30 (horário de Brasília), no estádio de Yokohama
- Brasil x Arábia Saudita, dia 28/07, às 5h (horário de Brasília), no estádio de Saitama
Jogos da seleção feminina
- Brasil x China, dia 21/07, às 5h (horário de Brasília), no estádio de Miyagi
- Brasil x Holanda, dia 24/07, às 8h (horário de Brasília), no estádio de Miyagi
- Brasil x Zâmbia, dia 27/07, às 8h30 (horário de Brasília), no estádio de Saitama
Preparação
A seleção brasileira masculina, treinada por André Jardine, já negocia com os principais clubes da Europa a liberação de atletas que atuam no continente. O torneio de futebol masculino é limitado a jogadores sub-23 (em Tóquio a idade limite será 24 anos por causa do adiamento dos Jogos). No entanto, a regra permite que cada seleção possa convocar três atletas com mais do que 24 anos. Após a fase de grupos, os dois melhores de cada chave se classificam para as quartas de final, de onde a competição segue em formato de mata-mata até a decisão.
A comissão técnica do Brasil trabalha com a possibilidade de chamar um goleiro entre esses jogadores acima de 24 anos. Weverton, do Palmeiras, está entre os cotados. Ele foi campeão na Rio-2016, quando ficou 509 minutos sem sofrer um único gol, recorde no torneio olímpico masculino de futebol. Weverton não foi vazado contra África do Sul, Iraque, Dinamarca, Colômbia e Honduras, até sofrer um na final contra a Alemanha, no Maracanã.
Durante todo seu período de preparação, a seleção olímpica já fez 20 partidas, com 14 vitórias, três empates e três derrotas. Foram 48 gols marcados e 17 sofridos. O artilheiro é o atacante Matheus Cunha, que já marcou 16 gols. Atrás dele estão Anthony e Paulinho, com seis cada.
Nestas partidas, o técnico André Jardine pôde observar 68 atletas diferentes e conquistar o Torneio Maurice Rivello (antigo Torneio de Toulon), além de assegurar a vaga em Tóquio no Pré-Olímpico da Colômbia, no início de 2020.
Entre as mulheres, a Alemanha, atual campeã, não se classificou para os Jogos de Tóquio. Assim, o favoritismo está com os Estados Unidos. Treinado desde 2019 pela sueca Pia Sundhage (bicampeã olímpica com os Estados Unidos) e liderado por Marta, o Brasil busca o ouro olímpico inédito. Após a fase de grupos, os dois melhores de cada chave e os dois melhores terceiros colocados se classificam para as quartas de final.
O Brasil é uma das seleções mais tradicionais do torneio olímpico de futebol feminino, com marcas ostentados por Cristiane e Formiga. Com 14 gols, a atacante é a maior artilheira entre homens e mulheres do futebol nos Jogos Olímpicos. Já a volante, que esteve em todas as competições olímpicas de futebol feminino até aqui, poderá chegar à sua sétima participação em Olimpíadas caso seja convocada pela técnica sueca Pia Sundhage, que por sinal tem um capítulo a parte na história dos Jogos Olímpicos. Ela esteve em todas as seis edições como jogadora, técnica ou parte da comissão técnica.