A Conmebol abriu procedimento disciplinar contra o River Plate para investigar o ataque dos seus torcedores ao ônibus do Boca Juniors, no sábado, a poucas horas do início da segunda partida da final da Copa Libertadores. O veículo foi atacado perto da entrada do estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires.
De acordo com a entidade, o River Plate já foi notificado da denúncia e tem um prazo de 24 horas para preparar a sua defesa e apresentar seus argumentos na sede da entidade em Luque, nos arredores de Assunção, no Paraguai.
O apedrejamento do ônibus do Boca provocou lesões na região dos olhos de dois jogadores, os meias Pablo Pérez, que é o capitão do time, e Gonzalo Lamardo. Além disso, outros atletas passaram mal, pois um artefato contendo gás pimenta também foi atirado no veículo, e torcedores do River entraram em confronto com a polícia e invadiram o Monumental de Núñez.
Diante deste cenário, um longo impasse gerou o clima de incerteza visto por horas no sábado. O horário do jogo chegou a ser adiado em duas oportunidades no mesmo dia. Depois, foi transferido para o domingo, quando também não foi disputado. A nova data deve ser definida ainda nesta terça, em reunião entre a Conmebol e os dois clubes. O jogo de ida terminou empatado em 2 a 2, na Bombonera.
Em razão do ataque, o Boca já cobrou uma punição dura ao arquirrival, que agora será julgado pelo seu tribunal disciplinar nos próximos dias. A corte da Conmebol pode desclassificar o River, exigir que a segunda partida da final seja disputada com os portões fechados ou até transferir a partida decisiva para um estádio neutro.
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