Os contratos de R$ 23 milhões por ano obtidos pelo Palmeiras e pelo Atlético-MG devem ser exceções no futebol brasileiro. A tendência é que, nos próximos contratos a serem fechados, os valores sejam menores. Essa é a expectativa do mercado, tanto para acordos com novos patrocinadores quanto para renovação com os atuais.
A retração nada tem a ver com o momento turbulento da economia, na opinião do consultor da BDO Pedro Daniel. "O mercado só será valorizado a partir do momento em que as boas práticas (administrativas) forem adotadas pelos clubes."
Outro fator que pode interferir no mercado é a posição da Caixa Econômica Federal em relação ao patrocínio aos clubes. No fim do mês, terminará o contrato do banco com o Corinthians (R$ 30 milhões) e a negociação para renová-lo vai revelar se haverá mudança na política de patrocínio. "O contrato com o Corinthians vai mostrar qual a estratégia da Caixa para o setor neste novo governo", diz Daniel.
O Cruzeiro negocia contrato de patrocínio com a Caixa há 40 dias, mas não teve sucesso até agora.
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