Análise | Corinthians é persistente, bate Juventude no minuto final e vai à semi da Copa do Brasil

Classificado no dia da apresentação de Memphis Depay à torcida, time alvinegro enfrenta o vencedor do duelo entre Flamengo e Bahia na próxima fase

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Foto do author Bruno Accorsi
Atualização:

O Corinthians somou momentos pontuais de bom futebol, persistência e garra para superar a defesa do Juventude, nesta quarta-feira, na Neo Química Arena, e avançar às semifinais da Copa do Brasil. Derrotado por 2 a 1 em Caxias de Sul, no jogo de ida, o time comandado pelo técnico Ramón Díaz foi barrado muitas vezes pelo goleiro Gabriel, mas conseguiu a vitória por 3 a 1, com gols de Romero, André Ramalho e Zé Marcos, contra. O goleiro corintiano Hugo Souza também atentou contra a própria meta e foi o responsável pelo gol juventino.

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Na próxima fase, os corintianos enfrentam o vencedor do duelo entre Flamengo e Bahia, marcado para as 21h45 desta quinta-feira.

A atmosfera de decisão se confundia com a empolgação da torcida pela contratação do atacante holandês Memphis Depay, que estava no estádio e foi apresentado à torcida com uma grande festa regada a pirotecnias, durante os últimos minutos que antecederam o início do jogo. O meia peruano André Carrillo também foi apresentado à torcida, com uma cerimônia muito breve cerca de 40 minutos antes de a partida começar.

Corinthians e Juventude se enfrentaram nesta quarta-feira na Neo Química Arena. Foto: Fernando Alves/EC Juventude

Embora munido da dupla euforia dos torcedores, o Corinthians iniciou o duelo em ritmo moderado. Com a bola nos pés, buscava espaços trocando passes no meio de campo e acabava se precipitando ao apelar para cruzamentos. Apenas um desses lances gerou boa oportunidade, em lance no qual Romero ficou com a sobra e parou em defesa do goleiro Gabriel.

O mesmo Romero foi o responsável por uma tentativa frustrada de bicicleta, que tirou o jogo da monotonia que se desenhou por até cerca dos 20 minutos de partida. Muita briga no meio e pouca bola rolando. Este era cenário até a segunda metade do primeiro tempo, a partir de quando o time alvinegro passou a construir jogadas mais interessantes para viver bons momentos no ataque.

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Foram algumas investidas até Romero tirar o zero do placar, aos 28 minutos, após Yuri Alberto brigar pela bola e permitir a Talles Magno a assistência ao paraguaio. A alegria corintiana foi neutralizada por alguns instantes, apenas três minutos depois do gol, já que Lucas Barbosa foi às redes pelo Juventude. Chamado para consultar o VAR, o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães anulou o gol gaúcho por falta em Hugo Souza no lance.

O juiz teve que ir ao televisor de novo, perto do final do primeiro tempo, para checar novamente uma falta em Hugo, depois que ele se atrapalhou com a bola durante dividida com Zé Marcos e a deixou morrer dentro da rede. Dessa vez, gol juventino foi validado. A análise foi bastante demorada, não à toa foram dez minutos de acréscimos. Ainda antes do intervalo, Yuri Alberto teve a chance de devolver a vantagem ao Corinthians, em um cabeceio que fez a bola passar rente à trave.

De volta para o segundo tempo, o time alvinegro empurrou o Juventude para o campo de defesa e soube fazer a bola rodar, com Garro no comado da distribuição. Em menos de dez minutos, foram criadas três boas oportunidades. Só o volante Charles, habituado a se aproximar da área, teve duas chances de marcar, com uma finalização de média distância defendida pelo goleiro e um lançamento mal cabeceado na cara do gol.

Frente à dificuldade de desmontar o ferrolho gaúcho, o Corinthians se mostrava produtivo dentro de suas limitações, e não era só Garro quem conseguia encontrar espaços. O próprio argentino recebeu ótimo passe de Yuri Alberto e, de frente para Gabriel, falhou em tentar o toque por cima, parando em defesa do adversário.

Ramon Díaz queria mais volume ofensivo e tirou Raniele para colocar Igor Coronado, ao mesmo tempo em que sacou Talles Magno para ter Giovane em campo. O apoio de Coronado a Garro foi importante, mas continuava difícil entrar na área juventina. Os dois recorreram a chutes de fora da área e pararam no inspirado Gabriel, que mais tarde também venceu mais um duelo com Charles.

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O recurso de finalizar de longe continuou sendo utilizado até que deu certo. Em mais uma tentativa do tipo, Rodrigo Garro colocou efeito na bola e viu Gabriel defender, porém espalmando para trás. Zé Marcos tentou impedir que algum jogador corintiano chegasse na bola e mandou contra a própria rede para deixar os donos da casa à frente no placar. No último minuto do jogo, no abafa, André Ramalho marcou o gol da vitória de cabeça, e enlouqueceu a fiel torcida.

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CORINTHIANS 3 X 1 JUVENTUDE

  • CORINTHIANS - Hugo Souza; Fagner (Leo Maná), André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu; Raniele (Igor Coronado), Charles (Breno Bidon) e Rodrigo Garro; Talles Magno (Giovane), Romero e Yuri Alberto (Caetano). Técnico: Ramón Diaz:
  • JUVENTUDE - Gabriel; João Lucas, Danilo Boza, Zé Marcos e Alan Ruschel; Ronaldo, Jadson e Luís Oyama (Lucas Freitas); Lucas Barbosa (Diego Gonçalves), Ronie Carillo (Edson Carioca) e Erick Farias (Ewerthon, depois Marcelinho). Técnico: Jair Ventura.
  • GOLS - Romero, aos 28, e Hugo Souza, contra, aos 40 minutos do primeiro tempo. Zé Marcos, contra, aos 36 minutos, e André Ramalho, aos 51 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO - Wagner do Nascimento Magalhães (RJ)
  • CARTÕES AMARELOS - Zé Marcos, Fagner, Hugo Souza, Carillo e Rodrigo Garro.
  • RENDA - 2.594584,00.
  • PÚBLICO - 45.509
  • LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo.
Análise por Bruno Accorsi
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