Corinthians impõe terceira derrota seguida ao líder Botafogo no Brasileirão e escala tabela

Resultado ajuda rival Palmeiras na luta pelo título e afasta corintianos da zona de rebaixamento

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Foto do author Marcos Antomil
Atualização:

Contando com um jogador a mais desde os 20 minutos do primeiro tempo, o Corinthians demorou, mas conseguiu se encontrar em campo e, graças ao zagueiro Gil, superou o Botafogo por 1 a 0, nesta sexta-feira, na Neo Química Arena, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. A partida, que registrou a estreia do novo e criticado terceiro uniforme corintiano, na cor amarela, também ficou marcada por uma frase de Marçal, jogador botafoguense, que, ao ser expulso, apontou “roubo” contra sua equipe.

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A vitória leva o Corinthians para a 10ª posição no Brasileirão, abrindo seis pontos de vantagem para o Santos, que abre a zona de rebaixamento (30 a 24). O resultado positivo traz alívio para o técnico Vanderlei Luxemburgo, pressionado do cargo, e anima o torcedor na Sul-Americana, desafio seguinte na agenda corintiana.

O resultado também representa uma ajuda do Corinthians para Palmeiras e Grêmio, que alimentam a perseguição ao líder Botafogo. Foi a terceira derrota consecutiva no torneio nacional dos cariocas, que têm sete pontos a mais que os palmeirenses e oito de vantagem para os gremistas. Na temporada, soma-se ainda a eliminação para o Defensa y Justicia, o quarto placar negativo nas contas do Botafogo.

“O mais importante é a vitória. Estávamos precisando depois de maus resultados. Devemos ter tranquilidade. Agora é comemorar, mas temos um jogo muito difícil na terça-feira (contra o Fortaleza pela Sul-Americana), vamos manter os pés no chão. Fomos felizes em sair com a vitória”, disse Gil após o jogo.

Corinthians não aproveita vantagem numérica no primeiro tempo

O Corinthians começou o duelo se impondo como mandante e controlando a partida. O Botafogo ficou encurralado no campo de defesa e conseguiu descidas esporádicas ao ataque. Em campo, os primeiros minutos mostraram o time de Luxemburgo com um apetite maior do que o visto em duelos anteriores.

O ambiente em Itaquera favoreceu ainda mais o time paulista quando, aos 20 minutos, o lateral-esquerdo e capitão botafoguense, Marçal, foi expulso após acertar Pedro com as travas da chuteira. O árbitro, aplicou amarelo em um primeiro momento, mas, provocado pelo VAR, alterou a cor do cartão para vermelho. Na saída de campo, o jogador afirmou, em direção a uma câmera: “Isso aí que é roubo, Abel (Ferreira, técnico do Palmeiras)”. A frase, destinada ao treinador alviverde, é dita no dia seguinte ao comandante palmeirense fazer o gesto de roubo no jogo com o Grêmio.

Em superioridade numérica, o Corinthians ofereceu novos perigos à defesa do líder do Brasileirão. Jogadas rápidas despontaram como solução, enquanto o Botafogo apostava em contragolpes. No entanto, os donos da casa ainda pecavam na efetividade, e a estratégia de manter uma estrutura defensiva mais robusta se mostrou um erro. Lucas Perri pouco trabalhou.

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O Corinthians, definitivamente, não aproveitou a vantagem ao longo do primeiro tempo. O problema não foi apenas criativo. O time perdeu o gás que demonstrou antes da expulsão de Marçal e não alçou as peças ao ataque de maneira contundente. Um time acostumado a passar dificuldades durante 90 minutos não pareceu confortável com a tarefa de se impor. Os laterais Méndez e Bidu pecaram pela falta de apoio em lances ofensivos.

Corinthians e Botafogo se enfrentaram nesta sexta, em Itaquera. Foto: Vítor Silva/ BFR

Gil aparece de centroavante e garante vantagem do Corinthians

Na volta do intervalo, Luxemburgo abriu mão do volante Gabriel Moscardo para favorecer a criatividade. Renato Augusto entrou em campo para mudar o panorama do duelo. Fagner foi escolhido para o lugar de Veríssimo, puxando Méndez para a zaga e permitindo que o experiente lateral tivesse maior presença ofensiva, conforme a equipe demandava desde a etapa inaugural.

O Corinthians passou a arriscar mais chutes de fora da área. Renato Augusto e Rojas tentaram e fizeram a torcida suspirar. A insistência alvinegra fez efeito. Gil fez as vezes de centroavante. Depois de cruzamento de Bidu, o zagueiro tocou de cabeça, mas Perri fez grande defesa. No rebote, o defensor encheu o pé para estufar as redes e inaugurar o placar, aos 14 minutos.

Com o marcador favorável, o Corinthians diminuiu o ritmo, mas continuou com uma postura consistente. Renato Augusto e Rojas lideraram as iniciativas ofensivas, fazendo valer a qualidade técnica e poder de finalização ímpares no elenco do time paulista. Yuri Alberto só reforçou sua má fase e mais atrapalhou do que ajudou o ataque corintiano.

O Botafogo tentou algumas jogadas de velocidade individuais, mas não teve sucesso. Pelo alto, levou mais perigo. Cássio precisou ser acionado seguidas vezes no apagar das luzes. A tensão, de parte a parte, fez o clima esquentar entre jogadores das duas equipes nos minutos finais, quando os cariocas esboçaram uma blitz em busca do empate. A vitória corintiana, no entanto, já estava concretizada.

“Com a torcida do nosso lado, o Corinthians é muito forte. Não precisam me abraçar. Abracem o time”, disse Luxemburgo, referindo-se ao primeiro duelo com o Fortaleza. “Eu estou acostumado com críticas. Vencemos o líder do campeonato, agora a crítica vai para outro lado.”

Próximos jogos de Corinthians e Botafogo

O próximo desafio do Corinthians é na Copa Sul-Americana, na terça-feira, às 21h30. Novamente na Neo Química Arena, o time paulista recebe o Fortaleza para iniciar a disputa por um lugar na final do torneio continental. Já o Botafogo tem um intervalo de nove dias até o compromisso com o Goiás pelo Brasileirão. A partida acontece no dia 2 de outubro, uma segunda-feira, às 20h.

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CORINTHIANS 1 x 0 BOTAFOGO

  • CORINTHIANS: Cássio; Bruno Méndez, Gil, Lucas Veríssimo (Fagner) e Matheus Bidu (Fábio Santos); Gabriel Moscardo (Renato Augusto), Maycon e Matías Rojas; Wesley (Romero), Pedro (Gustavo Mosquito) e Yuri Alberto. Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
  • BOTAFOGO: Lucas Perri; Di Plácido (Júnior Santos), Adryelson, Victor Cuesta e Marçal; Marlon Freitas (Gabriel Pires), Tchê Tchê, Eduardo e Victor Sá (Carlos Alberto); Luis Henrique (Hugo) e Tiquinho Soares (Diego Costa). Técnico: Bruno Lage.
  • GOL: Gil, aos 14 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Paulo Cesar Zanovelli (Fifa-MG).
  • CARTÕES AMARELOS: Gabriel Moscardo, Gil, Fagner, Yuri Alberto, Marlon Freitas, Adryelson, Tchê Tchê e Diego Costa.
  • CARTÃO VERMELHO: Marçal.
  • PÚBLICO: 37.237 torcedores.
  • RENDA: R$ 2.311.037,08.
  • LOCAL: Neo Química Arena.
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