Cruzeiro empata com Cuiabá em casa e fecha 2020 com chances remotas de acesso

Equipe mineira está apenas na 11ª colocação, oito pontos atrás do G-4, e distância pode aumentar na rodada

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Por Leandro Silveira

A volta à elite do futebol brasileiro em 2021 vai se tornando um sonho distante para o Cruzeiro. No seu último jogo em 2020 e antes de completar o centenário de fundação, o time voltou a decepcionar o seu torcedor ao não sair do 0 a 0 com o Cuiabá, no Independência, pela 32.ª rodada da Série B, nesta terça-feira.

A igualdade deixa o Cruzeiro com 41 pontos, apenas na 11.ª colocação, a oito do G4, distância que pode ser aumentada, pois esta rodada ainda terá oito jogos a serem disputados. E com somente mais seis compromissos na competição só poderá chegar aos 59. Já o Cuiabá é o terceiro, com 51, mas corre riscos de deixar a zona de acesso nos próximos dias.

Empate com o Cuiabá torna quase impossível Cruzeiro conseguir o acesso para a série A 2021 Foto: AssCom Dourado

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O tropeço foi o quarto consecutivo do Cruzeiro, todos contra times que estão à sua frente na tabela de classificação - os outros foram diante de Ponte Preta, Avaí e CSA. E vencer esses compromissos era fundamental para que o time se aproximar do G4. Mas somou apenas 3 pontos nos últimos 12.

Nesta terça-feira, Felipão abandonou o esquema com três volantes, buscando adotar uma formação mais agressiva. Mas o Cruzeiro parou na bem armada defesa do Cuiabá, sofreu com a falta de criatividade e, inclusive, viu o adversário ter a melhor oportunidade de gol, na etapa inicial, em lance salvo por Manoel, que cortou a finalização de Pierini. Assim, acumulou mais um tropeço como mandante na Série B: são apenas 5 vitórias em 16 jogos em casa, com 6 empates e 5 derrotas.

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O Cuiabá voltará a jogar em 5 de janeiro, quando receberá o Juventude na Arena Pantanal. Já o próximo compromisso do Cruzeiro será no dia 8, quando vai visitar o Sampaio Corrêa no Castelão, em São Luís.

O JOGO

Além dos retornos de Fábio e Rafael Sobis, ambos livres de suspensão, Felipão colocou o Cruzeiro em campo com duas novidades: Giovanni, em uma tentativa de melhorar a criação ofensiva, abandonando o esquema tático com três volantes, e Arthur Caike.

Com essas novidades, o Cruzeiro teve a iniciativa de jogo nos minutos iniciais. Buscava tocar a bola com velocidade e acionava os laterais, que tinham liberdade para avançar, mas erravam os cruzamentos. Assim, embora com posse de bola, o time pouco criava. E só foi ameaçar aos 29, em finalização de Arthur Caike. Joao Carlos deu o rebote, mas Matheus Pereira falhou nas duas vezes em que tentou o levantamento.

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O Cuiabá, que tinha a marcação como sua principal preocupação, corria poucos riscos. Começou a ganhar disputas na intermediária e chegou a ter a chance mais clara de gol da etapa inicial. Aos 31, Marcinho roubou a bola de Filipe Machado, arrancou em velocidade, entrou na área e rolou para Pierini. Ele finalizou sem goleiro, mas Manoel fez o corte para evitar o gol.

O cenário de presença do Cruzeiro no campo de ataque se repetiu no começo do segundo tempo e lhe rendeu uma boa oportunidade logo aos seis minutos, após erro de Alexandre Melo na grande área ao tentar dominar a bola. Mas Arthur Caike parou na boa defesa de João Carlos.

A jogada pelo lado direito do ataque não foi uma coincidência, pois era por ali que o Cruzeiro concentrava suas ações ofensivas. Mas pouco criava, o que levou Felipão a fazer mudanças no setor ofensivo, como a entrada de Thiago, para tentar explorar as jogadas aéreas.

Mas nada funcionava. Nos minutos finais, o Cruzeiro se lançou ao ataque para evitar o novo tropeço. Não conseguiu e terminou 2020 com um empate tão melancólico para o seu torcedor como foi todo o ano, o primeiro da sua centenária história na Série B.

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FICHA TÉCNICA

CRUZEIRO 0 x 0 CUIABÁ

CRUZEIRO - Fábio; Raul Cáceres, Manoel, Ramon e Matheus Pereira; Adriano, Filipe Machado e Giovanni (Régis); Arthur Caike (Airton), Rafael Sóbis (Thiago) e William Pottker. Técnico: Felipão.

CUIABÁ - João Carlos; Lucas Ramon, Ednei, Anderson Conceição e Alexandre Melo (Eduardo Kunde); Pierini, Matheus Barbosa e Nenê Bonilha; Marcinho (Willians Santana), Felipe Marques (Maxwell) e Elton (Jenison). Técnico: Allan Aal.

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ÁRBITRO - Thiago Luis Scarascati (SP).

CARTÕES AMARELOS - Alexandre Melo, Jenison, Adriano, Alan Aal, Felipão, Matheus Barbosa e Manoel.

LOCAL - Estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).

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