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Daniel Alves: quais foram os depoimentos contraditórios do atleta no suposto caso de agressão sexual

Defesa do jogador apresentou nesta segunda-feira recurso à Justiça espanhola para solicitar sua soltura

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Por Redação
Atualização:

Os três depoimentos contraditórios de Daniel Alves em suposto caso de agressão sexual em uma casa noturna de Barcelona foram determinantes na decisão da Justiça espanhola de prendê-lo preventivamente sem direito a fiança no último dia 20. Em um primeiro momento, o atleta disse que não conhecia a denunciante, uma mulher de 23 anos. Posteriormente, admitiu que esteve com ela na boate, mas que não houve relação sexual. Depois, ele disse que houve ato sexual consentido entre os dois.

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Daniel Alves fala pela primeira vez sobre o episódio no dia 5 de janeiro ao programa “Y Ahora Sonsoles”, do canal espanhol Antena 3, em que confirmou que estava na boate Sutton no dia do ocorrido, mas negou a agressão e alegou que não conhecia a mulher.

“Primeiramente, gostaria de desmentir tudo. Eu estive nesse lugar (casa noturna), com mais gente, aproveitando. Todo mundo que me conhece sabe que eu adoro dançar. Eu estava aproveitando, mas sem invadir o espaço dos demais. Sempre respeitando o entorno”, disse.

A defesa de Daniel Alves, encabeçada pelo advogado Cristóbal Martell, apresentou recurso nesta segunda-feira, para pedir a soltura provisória do cliente. Na última sexta-feira, o canal espanhol Antena 3 noticiou que a defesa sugere o uso de tornozeleira eletrônica para liberar o atleta da prisão preventiva. Outra alternativa seria a entrega do seu passaporte. O El Periodico, por sua vez, conta que o jogador mudou de versão diversas vezes para que a sua mulher, a modelo espanhola Joana Sanz, não soubesse da sua infidelidade.

CASO DANIEL ALVES

A juíza Maria Concepción Canton Martín decretou a prisão de Daniel Alves no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.

A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.

A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.

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Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa “Y Ahora Sonsoles”, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.

No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu o ato sexual, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante.

O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. A defesa de Daniel Alves, encabeçada pelo advogado Cristóbal Martell, apresentou recurso nesta segunda-feira, para pedir a soltura provisória do cliente.

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