Preso desde o dia 20 de janeiro por suposta agressão sexual a uma jovem de 23 anos, Daniel Alves tem recebido cada vez menos visitas. Segundo o jornal espanhol Sport, a única pessoa que vai com frequência ao Centro Penitenciário Brians 2, na Espanha, ver o jogador é um amigo que estava com ele na boate Sutton, em Barcelona, na noite em que teria cometido o crime de estupro.
Segundo a reportagem, trata-se do chef e nutricionista brasileiro Bruno Brasil. O Estadão buscou contato com o profissional após o ocorrido, mas não obteve retorno. Ele acompanhou Joana Sanz, que recentemente anunciou o fim do casamento com Daniel Alves, nas vezes em que a modelo foi até a prisão.
O chef estava presente no momento em que Joana Sanz comunicou pessoalmente ao jogador a decisão de terminar o casamento. O Estadão publicou com exclusividade no fim de março uma carta escrita por Daniel Alves para a modelo, com quem ficou casado por oito anos. No texto, o atleta lamenta o fim do relacionamento com ele na prisão e diz entender que ela “não tenha sido capaz de suportar toda essa pressão. O irmão do jogador criticou a atitude de Joana.
A imprensa espanhola relatou nos últimos meses que o brasileiro recebeu frequentes visitas de sua primeira mulher, Dinorah Santana, que também é sua agente e mãe de seus dois filhos. De acordo com o Sport, no entanto, ela não tem mais ido a Brians 2 com a mesma assiduidade de outrora.
Antes de Daniel Alves, o Brians 2 ficou famoso por abrigar Sandro Rosell, ex-presidente do Barcelona, e também por ser palco da morte do pioneiro dos programas de antivírus em computador John McAfee. Recentemente, foi divulgado que a presença do brasileiro na prisão movimenta um esquema de venda de camisas autografadas pelo jogador em troca de cigarros. Ele não ganharia nada com isso.
CASO DANIEL ALVES
Daniel Alves teve a prisão decretada no dia 20 de janeiro. Ele foi detido ao prestar depoimento sobre o caso de agressão sexual contra uma mulher na madrugada do dia 30 de dezembro. O Ministério Público pediu a prisão preventiva do atleta de 39 anos, sem direito à fiança, e a titular do Juizado de Instrução 15 de Barcelona acatou o pedido, ordenando a detenção.
A acusação se refere a um episódio que teria ocorrido na casa noturna Sutton, em Barcelona, na Espanha. O atleta, que defendeu a seleção brasileira na Copa do Mundo do Catar, teria trancado, agredido e estuprado a denunciante em um banheiro da área VIP da casa noturna, segundo o jornal El Periódico. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do ocorrido.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Uma câmera usada na farda de um policial gravou acidentalmente a primeira versão da vítima sobre o caso, corroborando o que foi dito por ela no depoimento oficial. A mulher também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, a contradição no depoimento do lateral-direito foi determinante para o Ministério Público do país pedir a prisão e a juíza aceitar. No início de janeiro, o jogador deu entrevista ao programa Y Ahora Sonsoles, da Antena 3, em que confirmou que esteve na mesma boate que a mulher que o acusa, mas negou ter tocado na denunciante sem a anuência dela e disse que nem a conhecia.
No depoimento, porém, de acordo com os meios de comunicação da Espanha, o atleta afirmou que esteve com a mulher, mas sem ato sexual. Posteriormente, admitiu ter feito sexo, mas alegou que a relação foi consentida. Segundo a rádio Cadena SER, imagens da vigilância interna do local confirmam que Daniel Alves ficou 15 minutos com a mulher no banheiro. Material coletado encontrou vestígios de sêmen tanto internamente quanto no vestido da denunciante. O Pumas, do México, anunciou que o contrato de trabalho de Daniel Alves com o clube foi rompido por justa causa. Daniel teve ainda negado pedido para responder o caso em liberdade. Ele pode ser condenado a dez anos de prisão.
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