Daniel Alves pode ser uma carta no colete de Tite para ter Neymar voando como nunca antes nas Copas

Ninguém entendeu os argumentos do treinador da seleção brasileira para chamar o lateral de 39 anos e em momento morno no futebol mexicano: não é por motivo técnico, físico nem tático

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colunista convidado
Foto do author Robson Morelli
Atualização:

Tite está seguro com Daniel Alves, talvez o único nome de sua lista para a Copa a torcer o nariz do torcedor. O treinador não titubeou ao mostrar a convocação da seleção brasileira para a Copa do Mundo nesta segunda-feira. Teve de se explicar sobre o lateral-direito. Não conseguiu. Ninguém entendeu nada. Ninguém também esperava Dani na relação. Pode ter sido seu maior equívoco olhando para todos os aspectos: físico, técnico e tático. Mas não de grupo.

Daniel pode ter sido uma carta no colete para que o Brasil tenha Neymar como nunca antes em Copas. Ambos se dão muito bem. Daniel é capaz de falar para o jogador do PSG o que nenhum outro da comissão técnica teve coragem na Copa passada. Na Rússia, ninguém peitou as bobagens e os caprichos do garoto.

Neymar e Daniel Alves: parceiros de longa data na Europa e também na seleção brasileira Foto: Lucas Figueiredo / CBF

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Olho para Daniel Alves e o vejo mais nesta condição do que propriamente de vestir a camisa amarela e fazer a diferença nas partidas da seleção. Tenho dúvidas até se ele vai jogar nas três primeiras apresentações da fase de grupo, contra Sérvia, Suíça e Camarões. Aos 39 anos, o tempo de Dani passou. Vai ser o brasileiro mais velho a ser chamado para jogar uma Copa. Nunca um time do México teve jogador chamado para a seleção em Mundiais. A escolha de Dani quebra todos os protocolos esportivos.

Tite dividiu a decisão com seus pares, disso não há dúvidas, e se valeu da lista mais elástica para ter o lateral em sua relação. A convocação de Daniel incomoda, mas ela não é determinante para o Brasil se dar bem no Catar. Longe disso. A seleção tem suas melhores chances do meio de campo para frente. É nesse setor quer o time é perigoso e faz os zagueiros europeus mais preocupados e ligados.

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Neymar ainda é o melhor jogador do Brasil. Disparado. Mas ele não está mais sozinho. Vini Jr. vai dividir com ele o protagonismo do time. É tão perigoso quanto. Vini segura a marcação baixa. Do outro lado do campo, pela direita, há outras duas opções: Antony e Rodrygo. São tão espertos e adeptos ao drible quando Vini. O Brasil tem nove atacantes e isso fará a diferença.

Tenho um time base: Alisson; Danilo, Thiago Silva, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Fred e Neymar; Vini Jr, Richarlison e Antony. Mas com algumas variações. Levar Neymar para o ataque e tirar Antony. E assim abrir uma vaga para Paquetá no meio de campo. Tite terá dez dias para preparar o time.

A LISTA DE TITE

Goleiros

Alisson (Liverpool)

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Ederson (Manchester City)

Weverton (Palmeiras)

Zagueiros

Marquinhos (PSG)

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Thiago Silva (Chelsea)

Éder Militão (Real Madrid)

Bremer (Juventus)

Laterais

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Daniel Alves (Pumas)

Danilo (Juventus)

Alex Telles (Sevilla)

Alex Sandro (Juventus)

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Meias

Casemiro (Manchester United)

Fred (Manchester United)

Bruno Guimarães (Newcastle)

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Fabinho (Liverpool)

Everton Ribeiro (Flamengo)

Lucas Paquetá (West Ham).

Atacantes

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Neymar (PSG)

Vinicius Jr. (Real Madrid)

Raphinha (Barcelona)

Antony (Manchester United)

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Richarlison (Tottenham)

Gabriel Martinelli (Arsenal)

Pedro (Flamengo)

Rodrygo (Real Madrid)

Gabriel Jesus (Arsenal)

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