O lateral-direito Daniel Alves, de 39 anos, foi detido nesta sexta-feira enquanto prestava depoimento à polícia espanhola por um suposto abuso sexual cometido contra uma mulher em uma boate de Barcelona. Segundo informações da agência de notícias EFE, a Justiça pediu a prisão do atleta nesta sexta-feira, por agressão sexual. Esta não é a primeira vez que um jogador de futebol tem o nome envolvido em um caso de assédio. Robinho e Cuca já estiveram na mira da Justiça.
O caso de Daniel Alves teria ocorrido na madrugada do dia 29 para 30 de dezembro, na discoteca Sutton, em Barcelona. Segundo informado pelo diário ABC e reproduzida pelo Mundo Deportivo, o lateral-direito de 39 anos colocou a mão entre as roupas íntimas da mulher que fez a acusação. Ela procurou as amigas e os seguranças da balada depois do assédio.
A equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia catalã (Mossos d’Esquadra), que colheu depoimento da vítima. Ela também passou por exame médico em um hospital. Daniel Alves foi embora do local antes da chegada dos policiais.
Segundo a imprensa espanhola, câmeras do estabelecimento mostram que Dani Alves e uma garota vão ao banheiro. Cerca de 47 segundos depois, ambos saem do local. Em seguida, o jogador e seus amigos deixam a casa noturna. A mulher começa a chorar, é amparada pelas amigas e relata ter sido assediada sexualmente pelo atleta.
Robinho
Em janeiro de 2022, o atacante Robinho foi julgado e condenado em última instância a nove anos de prisão, na Itália, por estupro de uma mulher albanesa em 2013, quando atuava no Milan. Segundo as investigações e condenação na Justiça Italiana, o brasileiro e cinco amigos estupraram uma jovem em um camarim da boate milanesa Sio Café, onde ela comemorava seu aniversário. O jogador afirmou que toda a relação que teve com a denunciante foi consensual e ressaltou que seu único arrependimento foi ter sido infiel com sua mulher.
Em entrevista ao Estadão, o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi, revelou à época que ela poderia ter solicitado o pagamento de aproximadamente R$ 400 mil (60 mil euros) por danos morais, mas optou por aguardar o andamento dos procedimentos jurídicos. Na sua visão, o tribunal de Milão que condenou Robinho fez uma análise correta do caso.
Transcrições de interceptações telefônicas realizadas com autorização judicial mostraram que Robinho revelou ter participado do ato que levou uma jovem de origem albanesa a acusar o jogador e amigos de estupro coletivo, em Milão, na Itália. Em 2017, a Justiça italiana se baseou principalmente nessas gravações para condenar o atacante em primeira instância a nove anos de prisão.
Além das gravações telefônicas, a polícia italiana instalou um grampo no carro de Robinho e conseguiu captar outras conversas. Para a Justiça italiana, as conversas são “auto acusatório”. As escutas exibem um diálogo entre o jogador e um músico, que tocou naquela noite na boate e avisou o atleta sobre a investigação.
Robinho e seu amigo Ricardo Falco, também investigado, foram condenados com base no artigo “609 bis” do código penal italiano, que fala do ato de violência sexual não consensual forçado por duas ou mais pessoas, obrigando alguém a manter relações sexuais por sua condição de inferioridade “física ou psíquica”.
Os advogados de Robinho afirmam que o atleta não cometeu o crime do qual é acusado e alegam que houve um “equívoco de interpretação” em relação a conversas interceptadas com autorização judicial, pois alguns diálogos não teriam sido traduzidos de forma correta para o idioma italiano.
Cuca
Técnico de sucesso no futebol brasileiro, Cuca se envolveu em polêmica ainda quando era jogador. Em caso ocorrido em 1987, em Berna, Suíça, o então meio-campista do Grêmio foi detido com os também atletas Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoldi, sob a acusação de “manter atos sexuais” com uma menina de 14 anos.
Os jogadores permaneceram em cárcere por 30 dias. Fernando foi o primeira a ser liberado, já que a sua participação no ato não foi comprovada. Dois anos mais tarde, Cuca acabou condenado a 15 meses de prisão e ao pagamento de US$ 8 mil. Em matéria publicada à época pelo Estadão, o atual treinador disse que o episódio o fez adquirir “experiência e maturidade”. Ele nega qualquer participação.
Cristiano Ronaldo
Cristiano Ronaldo cobra na Justiça uma indenização de US$ 626 mil (R$ 3,2 milhões) após a retirada de uma acusação de estupro contra ele. O caso teria ocorrido em 2009, em Las Vegas. A modelo Katheryn Mayorga trouxe o caso à tona em 2018, cobrando do craque português a quantia de 64 milhões de euros (R$ 335 milhões).
O caso foi arquivado em junho, de acordo com o canal britânico Sky News, depois do advogado da modelo ter utilizado documentos confidenciais na defesa. O caso demorou a se tornar público por conta de um suposto acordo concretizado entre as partes. A modelo ficaria em silêncio pela quantia de 375 mil dólares (cerca de R$ 2 milhões), mas ela decidiu anular o documento assinado e pedir a indenização milionária.
Benjamin Mendy
O jogador francês Benjamin Mendy, do Manchester City, foi inocentado de seis acusações de estupro e uma agressão sexual pelo júri popular no Reino Unido. Suspenso há mais de um ano, ele ainda será julgado novamente em junho, por duas denúncias que não tiveram um veredito.
O atleta é acusado de sete casos de estupro, uma tentativa de estupro e um assédio sexual. O lateral-esquerdo de 28 anos passava por julgamento no tribunal de Chester, norte da Inglaterra, desde o início de agosto. Uma das possibilidades de pena era de prisão perpétua. O júri popular, composto por sete homens e quatro mulheres, foi dispensado na última sexta-feira, após deliberar por quase 70 horas em 14 dias. Um jurado foi dispensado no meio do julgamento.
Mendy negou, desde o princípio, as 10 acusações feitas contra ele referentes a supostos acontecimentos ocorridos entre outubro de 2018 e agosto de 2021, em sua casa de Prestbury, Cheshire. Antes de ser julgado, o jogador chegou a ter sua prisão preventiva decretada pela Justiça, entre agosto de 2021 e janeiro de 2022
O juiz Steven Everett, que analisa o caso, marcou uma audiência preliminar para tratar das duas acusações restantes sobre o jogador. A sessão está marcada para o dia 27 de janeiro, antes de iniciar o julgamento em junho, que deve durar cerca de três semanas.
Mason Greenwood
Revelação do futebol inglês, Mason Greenwood foi preso em janeiro de 2022 acusado de agressão física e violência sexual por sua então namorada. À época, Harriet Robson publicou um vídeo nas redes sociais para denunciar o jogador do Manchester United. Ela aparece com a boca ensanguentada e hematomas pelo corpo. Ele deixou a prisão no último dia 19 após pagar fiança.
Em um áudio, também divulgado por Harriet naquela oportunidade, Greenwood estaria discutindo com a modelo enquanto tenta forçá-la a fazer sexo. Enquanto a influenciadora diz que não quer praticar o ato, é possível ouvir ameaças como: “Abra suas pernas. Cale a boca. Eu não me importo se você quer fazer sexo comigo. Me empurre mais uma vez e você vai ver o que acontece”. Atualmente, Greenwood está liberado sob fiança e aguarda o julgamento. Ele está suspenso pelo Manchester United desde o momento da sua prisão
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