Defesa de ex-árbitro alega Doença de Alzheimer para não responder por pagamentos do Barcelona

Clube catalão é investigado por pagar 1,4 milhão de euros à José María Enríquez Negreira, ex-dirigente de arbitragem de futebol da Espanha

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Por Redação
Atualização:

O Barcelona está sendo investigado pelo Ministério Público da Espanha por conta de pagamentos realizados à José María Enríquez Negreira, ex-dirigente de arbitragem de futebol da Espanha, entre os anos de 2016 e 2018.

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Conforme a investigação avança, a defesa de Enríquez Negreira apresentou um laudo à Justiça Espanhola que indica que o ex-árbitro apresenta estágios iniciais da Doença de Alzheimer, o que faria com que o ex-dirigente não respondesse criminalmente pelos seus atos.

Ao menos, é isso o que a defesa de Enríquez Negreira alegará caso o ex-árbitro seja acusado de algum crime. De acordo com o Ministério Público da Espanha, o clube catalão teria desembolsado 1,4 milhão de euros, equivalente a R$ 7,7 milhões, ao ex-dirigente.

Javier Tebas, presidente de LaLiga, critica direção do Barcelona e sugere renúncia de presidente. Foto: Alejandro García / EFE


O Barcelona confirmou os pagamentos, mas não citou os valores. Em nota publicada pela diretoria da equipe, o clube reconheceu que “contratou no passado os serviços de um consultor técnico externo, que forneceu, em formato de vídeo, relatórios técnicos referentes a jogadores de categoria inferior na Espanha para a secretaria técnica do Clube”.

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O clube catalão argumenta que a prática é “comum” entre os times de futebol profissional. “Adicionalmente, o relacionamento com o próprio provedor externo foi ampliado com relatórios técnicos relacionados à arbitragem profissional, de forma a complementar as informações exigidas pela comissão técnica do time principal e da subsidiária, prática comum em clubes de futebol profissional.”

Nesta segunda-feira, 20, o presidente de LaLiga, Javier Tebas, disse que o caso não pode ficar impune e até cobrou a renúncia de Joan Laporta, presidente do clube catalão, caso ele não dê explicações contundentes sobre a suspeita de suborno.

“Se Laporta não sabe dar uma explicação razoável sobre o que aconteceu, creio que ele deva renunciar no Barcelona”, disparou o dirigente da liga que organiza o Campeonato Espanhol, temendo danos à reputação da equipe. “Terá de fazê-lo, embora seja o mesmo que cometer um crime. Uma coisa é trabalhar com ex-árbitros e outra com o Comitê Técnico de Árbitros.”

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