O diretor adjunto do Corinthians, Jorge Kalil, admitiu que a equipe alvinegra, que enfrenta dificuldades financeiras, contratou mais do que deveria no ano passado. O clube se arriscou em trazer “promessas”, que, hoje, não fazem parte do elenco principal. Segundo ele, isso foi um erro, mas faz parte da filosofia do presidente Andrés Sanchez.
"O Corinthians contratou para ver se dá certo. Não posso concordar, por mais ‘situação’ que eu seja. Faço mea-culpa, mas não concordo. Acho que erramos ao trazer a quantidade que trouxemos (de jogadores) que são promessas", disse Kalil, em entrevista ao PodcasTimão, e acrescentou: “As realidades que nós trouxemos, que já fazem parte do time, entram nos jogos, é uma quantidade muito menor, se comparado a quantidade de atletas que foram comprados. Esse foi um erro. Eu admito que foi um erro. A gente não deveria ter feito”.
Kalil ainda disse que externava sua preocupação em relação as excessivas contratações com o presidente Andrés Sanchez, mas, mesmo assim, Andrés insistia na aquisição de “promessas”. O dirigente afirmou que essa é uma filosofia do atual presidente alvinegro, que deu certo em outras ocasiões.
“Quando vieram dois do ABC de Natal (Fessin e Matheus Matias), eu falei: ‘Andrés, não é muito?’. Ele: ‘Ah, mas um é artilheiro e outro é uma grande promessa’. Eu dou meu parecer ali. Eu afirmei: ‘Olha, estamos trazendo muita gente’", revelou Kalil, que explicou:
"Mas, o Andrés teve sempre essa filosofia, da qual eu acho que é correta. Quantas promessas ele trouxe que quando chegaram disseram: quem é Romarinho? Quem é o zagueiro Felipe? Quem era André Santos? Quem era Chicão? E posso citar muitos outros".
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