A CBF anunciou na sexta-feira que não vai adiar mais os jogos do Brasileirão por causa das Eliminatórias Sul-Americanas. O coordenador de Futebol da entidade, Juninho Paulista, havia anunciado na convocação para os jogos contra Venezuela, Colômbia e Uruguai que as equipes com atletas chamados não entrariam em campo.
A mudança de atitude da entidade após ouvir os capitães de 19 equipes, exceção do Flamengo, revoltou o clube carioca, que não vem poupando críticas à entidade. A ironia vem fazendo parte do desabafo dos homens fortes rubro-negros. Neste sábado, foi o vice-presidente de Relações Externas no Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, quem mostrou toda sua revolta com a CBF. E não apenas para essa rodada das eliminatórias, mas lembrou o semestre todo.
"Entre junho e novembro deste ano, teremos 14 datas para eliminatórias e mais 30 dias de Copa América. Clubes que investem alto não ganham nada. Não paralisam nada. Importante mesmo são os jogadores entrarem de férias em 10/12 e não em 29/12, como propomos. Então tá. Isonomia...", usou suas redes sociais para ironizar o diretor.
"Isonomia é a CBF voltar atrás na paralisação do Brasileirão anunciada pelo Juninho Paulista durante as eliminatórias de outubro. Desde quando eles ouvem "os capitães dos clubes" para decidirem a tabela? Desde hoje (sexta-feira)", concluiu seu protesto.
Com dois jogos a menos no Brasileirão, nas semifinais da Copa do Brasil e na decisão da Copa Libertadores, o Flamengo terá um calendário extremamente apertado até o fim do ano. Desta maneira, seus dirigentes sugeriram jogos até o fim de dezembro.
A recomendação da parada agora seria pelo fato de ter Everton Ribeiro e Gabriel Barbosa terem sido convocados pelo Brasil, Isla, pelo Chile e Arrascaeta, pelo Uruguai. O clube jogará sem o quarteto contra Red Bull Bragantino, Fortaleza e Juventude no Brasileirão.
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