Os clubes brasileiros se renderam e estão se tornando Sociedades Anônimas do Futebol. As SAFs vieram para tentar salvar muitos clubes de grandes dívidas, e prometendo também trazer pesados investimentos também em contratações. A tendência que já chegou aos grandes do País, casos de Cruzeiro, Vasco e Botafogo, por exemplo, não vai chegar ao Corinthians. Ao menos é o que garante Wesley Melo, diretor financeiro do clube.
“Neste momento, o Corinthians não está interessado em se tornar uma SAF. Achamos que não precisa, pois conseguimos andar com as próprias pernas e ainda temos muito a explorar na questão de gestão e marketing”, disse Wesley, em episódio de série produzida pela Fundação Estudar.
Na visão do diretor, a força da torcida do Corinthians é suficiente para manter o time forte e competitivo, mesmo com avaliação de R$ 1 bilhão em dívidas. “O dono do Corinthians são seus mais de 40 milhões de torcedores”, afirmou.
E fez questão de explicar o que o faz pensar que não há a necessidade de um grupo ou empresa como administrador. “O que temos feito é trazermos as melhores práticas de negócios do mercado privado para dentro do clube que, embora seja uma instituição sem fins lucrativos, precisa de uma governança como de qualquer empresa.”
Na participação na série, Wesley Melo ainda comentou os avanços, nos últimos três anos, que as finanças do time tiveram. Embora com uma dívida na casa de R$ 1 bilhão, ele comemorou e enfatizou que neste ano ela não aumentou. Ainda frisou que a receita tem tudo para ser recorde, com valor estimado na casa dos R$ 750 milhões.
“Conseguimos estabilizar a dívida com nossa própria receita. Além disso, vínhamos de três anos de déficit e fecharemos 2022 com superávit”, afirmou. O clube avalia que receberá nesta janela de transferência ao menos R$ 90 milhões com a venda de jogadores.
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