O presidente do Paris Saint-Germain, o catariano Nasser Al-Khelaifi, e o ex-secretário-geral da Fifa, o francês Jérôme Valcke, começaram a ser julgados nesta segunda-feira na Suíça por um suposto caso de corrupção ligado à compra dos direitos de transmissão da Copas do Mundo de 2026, que serão nos Estados Unidos, Canadá e México, e de 2030, ainda sem sede definida.
Os dois e mais uma pessoa - o grego Dinos Deris, um executivo de marketing também conhecido como Konstantinos Nteris - são acusados de gestão desleal e instigação a gestão desleal, falsificação de documentos e corrupção passiva.
Dono da emissora beIN Sports e um dos homens mais ricos do mundo, Al-Khelaifi é acusado de ter concedido vantagens ilegais a Jérôme Valcke em troca da atribuição de direitos de transmissão das duas edições da Copa do Mundo para o Oriente Médio.
Valcke, de 59 anos, foi suspenso de seu cargo na Fifa em 2015, suspeito de corrupção. No início de 2016 recebeu nova punição de 45 dias e, posteriormente, foi demitido pela entidade que dirige o futebol. Está banido do futebol até 2028.
O francês foi investigado por descumprir diversos códigos da Fifa como lealdade, confidencialidade, conflitos de interesses e aceitação de presentes e outros benefícios não permitidos.
Ambos estiveram presentes no tribunal nesta segunda-feira e negam o delito. Os advogados de Al-Khelaifi disseram que a maioria dos casos não se aplica ao seu cliente. O julgamento na Suíça, onde fica a sede da Fifa, deve durar até o próximo dia 25 e os três juízes federais devem dar um veredicto até o final de outubro.
Um outro julgamento, relacionado com três antigos dirigentes do futebol alemão, por suspeita de compra de votos para que o país ganhasse o Mundial de 2006, na Alemanha, foi iniciado em 9 de março, mas acabou suspenso por causa da pandemia do novo coronavírus.
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