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Donos do dinheiro: conheça bilionário inglês que venceu concorrência do Catar para adquirir o United

Torcedor do clube da Inglaterra, empresário tinha o desejo de assumir controle do time inglês desde 2022; ele comprou 25% das ações dos ‘Red Devils’ por R$ 7,7 bilhões e mais R$ 1,4 bi para o estádio do Manchester

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Por Redação
Atualização:

O Manchester United fechou neste domingo a venda de 25% de seu controle. Tem, portanto, um novo dono. Assim como seu rival de cidade, o City, o clube inglês recebeu sondagens de investidores árabes, especialmente do Catar, por 100% das ações do clube. O Sheikh Jassim, catariano, chegou a oferecer 5 bilhões de libras (cerca de R$ 30 bilhões) aos Irmãos Glazer, que detém 90% do United, para adquirir 100% do time. Ele desistiu do projeto, que contava com a ida de Kylian Mbappé, atualmente no Paris Saint-Germain.

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Naquela época, a imprensa britânica informava que o comando do Manchester United permaneceria no Reino Unido: Sir Jim Ratcliffe, segundo homem mais rico do país até então, conformou o negócio do seus sonhos. Ele assumiu o controle de 25% do clube por R$ 7,7 bilhões e mais R$ 1,4 bi para investir no estádio dos Reds na véspera do Natal.

Ratcliffe, diferentemente da proposta do catariano, não irá controlar 100% o clube inglês neste primeiro momento – mas terá o poder de opinar em decisões tomadas pela diretoria. Ele assume o futebol masculino e feminino e de base. Os Irmãos Glazer continuarão donos de 69% da equipe, enquanto os 6% restantes serão divididos entre investidores minoritários da Bolsa de Valores de Nova York. Ratcliffe aceitou pagar um valor inflacionado – 1,25 bilhão de libras, cerca de R$ 7,7 bilhões – para vencer a corrida contra o Sheikh.

O empresário pretende, no futuro, aumentar sua porcentagem no United para além dos 25% iniciais. Mas isso é um próximo passo para controle total do clube inglês, que está mal na Premier League nesta temporada. Veja tabela.

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Jim Ratcliffe (à esquerda) também é dono do Nice, da França. Foto: Eric Gaillard/Reuters

O bilionário inglês, com 71 anos de idade, é o segundo homem mais rico do Reino Unido, segundo lista do jornal Sunday Times e se junta a outros nomes de peso na Premier League, como Daniel Levy, do Tottenham, e Todd Boehly, do Chelsea. Nascido em Failsworth, na região da Grande Manchester, o empresário estudou e é formado em engenharia química pela Universidade de Birmingham. Seu primeiro trabalho formal foi na Esso, empresa do ramo petrolífero. Ele é filho de pai marceneiro e de mãe que trabalhava em um escritório de contabilidade.

Ratcliffe, no entanto, se afastou da área química durante os anos 1980 para ser gestor. Na London Bussiness School, recebeu o título de Master of Business Administration (MBA), grau acadêmico de pós-graduação destinado a administradores e executivos das áreas de gestão de empresas.

Em 1998, fundou a INEOS, multinacional britânica, com sede em Hampshire. Em cinco anos, a empresa conseguiu duplicar seus ganhos, o que propiciou ao empresário investir em outros ramos, como o esporte. Ele recebeu o título de cavaleiro no Queen’s Birthday Honors 2018 por serviços prestados no país. A revista Forbes estima seu patrimônio em US$ 23,5 bilhões, que o coloca como o 67º no ranking dos maiores bilionários de 2023. A Bloomberg fiz que ele tem US$ 28,2 bilhões.

Além de torcedor do Manchester United na infância, Ratcliffe tem, desde 2022, o interesse em controlar uma parte das ações do clube. O time inglês não é o primeiro que o empresário tem sob sua administração: desde que se tornou um dos bilionários do Reino Unido e Inglaterra, ele investiu em uma série de equipes da Europa: o FC Lausanne-Spor, da Suíça, e o Nice, da França. Também em 2022, fez uma proposta para adquirir o Chelsea, no valor de 4,5 bilhões de libras, que foi recusada – Boehly lideraria a proposta aceita pelo governo britânico, que controlava a administração do clube em meio às invasões da Ucrânia.

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