Um comentário do presidente Lula à Rádio CBN na última semana acendeu um debate no futebol brasileiro. O petista afirmou que gostaria de ver uma seleção apenas com jogadores que atuassem no País. Não há nenhuma regra que impeça que o treinador Dorival Júnior siga a sugestão do presidente do Brasil e convoque apenas jogadores do Brasileirão. Na prática, porém, essa formação fica mais difícil, seja por pilares da seleção que atuam fora do País, ou por jovem promessas que estão vendidas.
Um desses casos é do Estêvão, do Palmeiras, que esteve presente na convocação de Dorival para as partidas contra Equador e Paraguai. O atacante do Palmeiras já está vendido ao Chelsea, clube inglês. Ele é considerado como uma das grandes promessas para a seleção, assim como Endrick que também era do Palmeiras e agora atua no Real Madrid. Pela lógica de Lula, ele não seria mais convocado.
Outro jogador, que é titular da seleção, e esteve presente em todas as convocações para as Eliminatórias, é o volante André. Até julho o atleta jogava pelo Fluminense, mas foi vendido na janela do meio do ano ao Wolverhampton.
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Dez jogadores que foram titulares na seleção na última quinta-feira atuam fora do Brasil. Apenas Igor Jesus (Botafogo) que começou a partida com o Chile atua no Brasileirão. A própria convocação de Dorival, com 17 atletas que atuam fora do País indica que convocar uma seleção apenas com jogadores que atuem no futebol brasileiro é uma situação improvável.
Além disso, apesar de os dois gols da vitória sobre o Chile, por 2 a 1, na última quinta-feira, terem sido marcados por jogadores do Botafogo, eles tiveram participação de outros atletas que jogam fora do País. O cruzamento para a cabeça de Igor Jesus foi de Savinho, que atua no Manchester City. Já a jogada do gol da vitória marcado por Luiz Henrique teve a participação de Ederson, do Manchester City, Martinelli, do Arsenal, e Bruno Guimarães, que joga pelo Newcastle.
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