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Entenda o que provocou o ponto cego na Arena MRV, novo estádio do Atlético Mineiro

Clube vai colocar funcionários para impedir que torcedores fiquem em pé nos corredores de passagem

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

No fim de junho, alguns dos 20 mil torcedores que foram à Arena MRV assistir a um jogo que reuniu ídolos históricos do Atlético Mineiro reclamaram da existência de um possível ponto cego na arquibancada superior do Nível Inter Sul, atrás do gol localizado à direita das cabines de transmissão. A reclamação se tornou viral e fez o clube se posicionar.

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O Atlético e os responsáveis pela Arena MRV dizem não haver ponto cego no estádio. Trata-se, na verdade, de um problema de visibilidade provocado pelo mau comportamento de alguns torcedores, que se apoiaram no guarda-corpo de vidro, obstruindo a visão de parte do gramado.

Segundo o Atlético, estando em pé no corredor de circulação, os torcedores bloqueiam a visão principalmente de deficiente físicos, que ocupam as primeiras cadeiras da fileira daquele espaço.

Vista do alto do setor sul, espaço em que torcedores apontaram como ponto cego da Arena MRV Foto: Ricardo Magatti/Estadão

“Se todo mundo ficar em pé, na frente, não tem visibilidade. Ele não foi projetado para isso. Quando a gente fala que não tem ponto cego é porque o projeto não prevê isso”, salienta Bernardo Farkasvolgyi, arquiteto que projetou o estádio atleticano.

A acessibilidade é, inclusive, uma das marcas do estádio, que reserva 3% dos assentos para obesos, tem todos os banheiros adaptados para pessoas com deficiência, possui vasos sanitários para portadores de nanismo e dispõe de elevadores amplos, capazes de acomodar com conforto os cadeirantes. No total, são 460 espaços para cadeirantes, cada um com assento para acompanhante.

Para evitar novas reclamações, o clube planeja colocar seguranças e monitores para orientar os torcedores a não posicionarem em pé nos corredores de passagem. “Nós vamos ter de trabalhar a educação e o controle de circulação dos torcedores”, diz Bruno Muzzi, CEO do Atlético. “Vai ser um exercício de educação. Daqui a pouco, as pessoas começam a entender”.

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