CAS pune Equador por documentação falsa de Castillo, mas mantém seleção na Copa do Mundo

Equatorianos foram penalizados pelo tribunal com perda de três pontos na próxima edição das Eliminatórias da Copa do Mundo e foram multados em 100 mil francos suíços (R$ 522,85 milhões na cotação atual)

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Por Redação
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A Corte Arbitral do Esporte decidiu, nesta terça-feira, que a Federação Equatoriana de Futebol é responsável pelo uso de documentação falsa do atleta Byron Castillo, em violação do Artigo 21 do Código Disciplinar da Fifa. A tese apresentada pela Federação Chilena é que Castillo teria nascido em Tumaco, na Colômbia, em 25 de junho de 1995, e não em 10 de novembro de 1998, em General Villamil, no Equador, como consta em seu registro civil. O jogador disputou oito jogos pela seleção equatoriana nas Eliminatórias.

Os equatorianos foram punidos pelo CAS com três pontos na próxima edição das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, e multados em 100 mil francos suíços (R$ 522,8 milhões, na cotação atual) em trinta dias após o julgamento.

Seleção equatoriana está no Grupo A da Copa do Mundo do Catar. Foto: EFE/EPA/SASCHA STEINBACH

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A Federação Equatoriana emitiu nota após a decisão do CAS e disse que se utilizou dos critérios corretos para a escalação de Castillo. A decisão não afeta a situação da seleção equatoriana, que segue classificada para o Mundial do Catar, neste mês. O Chile tentava a desqualificação do Equador do Mundial, para ficar com a vaga na repescagem contra a Austrália, com o Peru se classificando direto para o torneio.

“Desde o momento em que assumi este caso, estávamos convencidos de que a FEF era culpada de um encobrimento deliberado da documentação pessoal de Byron Castillo. Hoje, o CAS reconheceu a falsificação, reconheceu que ele nasceu na Colômbia e finalmente as sanções foram impostas contra o Equador. No entanto, estamos satisfeitos por ver alguma justiça, mas decepcionados com o nível de sanções, pois elas não enviam uma mensagem forte o suficiente para a comunidade do futebol”, disse Eduardo Carlezzo, advogado contratado para defender a Federação Chilena no caso.

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A polêmica vem se arrastando há vários meses. O processo contra a Federação Equatoriana de Futebol havia sido encerrado em abril deste ano, após a Fifa determinar o processo como inconclusivo, por não ter provas e documentos suficientes para comprovar a nacionalidade colombiana do atleta. A Federação Chilena, contudo, recorreu ao Comitê de Apelação da Fifa e conseguiu dar sequência ao julgamento. Em setembro, o Comitê de Recursos da Fifa anunciou que decidiu arquivar o processo movido pela Federação Chilena de Futebol para tentar substituir o Equador na Copa do Mundo do Catar.

Uma reportagem do jornal britânico Daily Mail, publicada em setembro, apresentou um áudio de Castillo reconhecendo ser colombiano, tendo nascido em 1995, na Colômbia, e não em 1998 em General Villamil, no Equador, como consta em seu passaporte.

A nacionalidade de Castillo é assunto debatido desde 2015, quando uma transferência para o Emelec acabou não se concretizando por causa de irregularidades na documentação. Na época, o lateral-direito defendia o Norte América, também do Equador.

O Equador está no Grupo A da Copa do Mundo, ao lado de Catar, Holanda e Senegal. A estreia será no dia 21 de novembro, contra a seleção anfitriã.

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