Estádio Al Bayt será convertido em hotel cinco estrelas, shopping e hospital após a Copa do Mundo

Com formato de tenda árabe, arena para 60 mil pessoas receberá a semifinal entre França x Marrocos

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Por Fernando Valeika de Barros, especial para o Estadão
Atualização:

A partida entre França x Marrocos, na quarta-feira, pela semifinal da Copa do Mundo do Catar, deverá ser a última a ser realizada no estádio Al Bayt. A arena para 60 mil pessoas ganhou destaque pelo seu formato de tenda árabe. Assim que a competição acabar, uma equipe formada por engenheiros e operários tratará de dar uma nova finalidade ao local. A expectativa é de que um complexo com um hotel cinco estrelas, shopping e um hospital especializado em medicina esportiva.

O A Bayt está situado nos arredores de Al Khor, cidade com cerca de 140 mil habitantes, manter o estádio seria inútil e caro demais e não fazia sentido. Segundo o Hassan Al Thawadi, secretário-geral do Comitê de Entrega e Legado da Copa de 2022, o conceito foi construir obras que não gerassem “elefantes brancos” depois que o evento terminasse. “Nas obras dos estádios utilizamos materiais que possam ser reciclados”, escreveu ele em um documento em que apresentou detalhes sobre as arenas do Mundial do Catar.

Estádio Al Bayt deve abrigar complexo com escola e shopping.  Foto: REUTERS / REUTERS

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E essa reconversão das arenas a uma nova fase já está acontecendo. A desmontagem do Estádio 974, que leva em seu nome o números de contêineres que formam a arena, já está em curso. A ideia é de que ali surja um parque, com vista para a região de West Bay, uma das áreas mais bonitas e modernas de Doha. E com a facilidade de ter uma estação de metrô, a poucos metros de distância.

Três estádios – o Ahmad bin Ali, o Al Janoub e o Al Thumama – continuarão a receber partidas de futebol da primeira divisão do Catar, mas terão a suas capacidades drasticamente reduzidas para cerca de 20 mil espectadores antes de serem entregues para que clubes, como o Al-Rayyan e o Al-Wahrah, organizem as suas partidas nestes campos.

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Movimento similar vai acontecer com o Education City, onde o Brasil foi eliminado pela Croácia, nos pênaltis. Com capacidade para cerca de 45 mil pessoas, a arena será diminuída para pouco menos da metade. “As cadeiras que forem retiradas serão doadas a países mais pobres”, diz Ali Al Dosari, diretor de instalações do Al-Janoub.

Até mesmo o estádio Lusail, palco da final, está na lista de desmonte. Com seus 88 mil lugares, é o maior entre todos os estádios da Copa do Catar. Ainda não há um projeto definido para o que acontecerá ali, mas entre as ideias está a instalação de um polo de serviços, com lojas, escolas e cafés.

O único que permanecerá como está será o Khalifa. Construído em 1976 e renovado em 2017 para seguir os padrões da Fifa para o Mundial, o estádio continuará a organizar os jogos da seleção catariana e eventos como a etapa da Liga Diamante no Atletismo, que acontece ali todos os anos.

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