Estados Unidos derrotam Irã com gol de Pulisic e garantem vaga nas oitavas contra a Holanda

Com a vitória, seleção norte-americana se classifica em segundo no Grupo B, com cinco pontos e nenhuma derrota na Copa do Mundo

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Atualização:

A primeira partida das oitavas de final na Copa do Mundo do Catar vai ser entre Holanda e os Estados Unidos, sábado, às 12 horas (horário de Brasília), no Khalifa Stadium. Em jogo em clima de paz, os americanos contaram com um gol de seu astro, Pulisic, para desencantar após dois empates e vencer o duelo decisivo contra o Irã, por 1 a 0, garantindo a segunda colocação no Grupo B, atrás apenas da Inglaterra.

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A festa dos americanos após revanche sobre os rivais, de quem haviam perdido na Copa da França, em 1998, por 2 a 1, contrastou com a preocupação de não ter o camisa 10 diante dos holandeses. O camisa 10 acabou substituído no intervalo após choque com o goleiro Beiranvand no lance do gol. Ele terá três dias para se recuperar.

Será o primeiro confronto oficial da história de Estados Unidos e Holanda. No histórico do confronto, as seleções se encontraram cinco vezes em amistosos, com amplo domínio dos europeus, que ganharam as quatro primeiras partidas. Mas os americanos têm em mente o último confronto, há sete anos, no qual fizeram 4 a 3.


Christian Pulisic se machucou após marcar o gol para os Estados Unidos contra o Irã. Foto: FABRICE COFFRINI / AFP

O JOGO

Apesar de terem relações rompidas há mais de 40 anos por questões geopolíticas, o que prometia uma disputa quente e tensa, o clima no estádio em Thumama, em Doha, era de harmonia entre torcedores de Estados Unidos e Irã antes de a bola rolar. Os “rivais” trocavam possíveis brigas e desentendimentos pela paz, tirando fotos juntos e mostravam que a festa do futebol supera problemas extracampo.

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Com a confiança em alta de ambos os lados, a gritaria nas arquibancadas desde a cantoria emocionante dos hinos, com ambas as seleções soltando a voz, era de incentivo no reencontro em uma Copa. Diferentemente de 1998, quando os iranianos ganharam por 2 a 1, mas ambos acabaram eliminados no Grupo F, desta vez valia vaga às oitavas. A vitória era necessária aos americanos, enquanto os oponentes necessitavam somente do empate.

Carlos Queiroz, técnico do Irã, passou toda a preparação do jogo descartando o clima hostil, rebatendo perguntas polêmicas sobre uma possível “guerra” em campo e falando apenas em “um bom jogo de futebol, disputado com respeito e lealdade.” E assim foi a partida.

Depois de uma pressão nos primeiros cinco minutos, rondando a área do goleiro Turner, apesar de não finalizar com perigo, o Irã se retraiu, posicionando-se do meio para trás e apenas tentando fazer o tempo passar. A postura tradicional de equipes armadas pelo treinador português deu certo por somente 38 minutos. Até um lançamento longo encontrar Dest livre. O lateral cabeceou para dentro da área e o astro Pulisic apareceu em velocidade para tirar o zero do placar.

O camisa 10 americano nem comemorou, após choque com o goleiro Beiranvand. Naquele momento, os Estados Unidos já mereciam a vantagem, pelo ímpeto apresentado. O tempo todo atrás do gol, tinha visto Weah desperdiçar duas chances de ouro - cabeçada na mão do goleiro, sozinho, e chute forte para o alto.

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A vantagem no placar não modificou as ações em campo. Sobre gritos de “U, S, A”, “U, S, A”, os americanos seguiram na pressão, buscando vantagem ainda maior. A bela tabela de Pulisic e Weah merecia uma conclusão. Seria um belo gol. Nos acréscimos, o jovem atacante ainda teve um gol anulado por impedimento.

A festa vermelha, azul e branca das arquibancadas contrastava com a preocupação dos torcedores iranianos, que após o gol não escondiam a frustração e a tristeza. Queiroz teria de modificar o comportamento de seus comandados no intervalo. Em 45 minutos mais acréscimos, não incomodaram Turner e ainda levaram enorme sufoco.

O português voltou dos vestiários apostando em Tarimi e Ghoddos. Já os americanos perderam seu astro, Pulisic, que não se recuperou na trombada no lance de gol. A questão seria como os Estados Unidos se comportariam com tamanha perda.

Como a necessidade sugeria, os iranianos enfim saíram ao ataque. Mas faltava capricho nos passes. A primeira finalização veio em cabeçada de Ghoddos sem perigo para o alto. Dest atrapalhou o atacante e foi vital para evitar o empate.

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Ghoddos entrou bem e se tornou a grande dor de cabeça da defesa americana. Aos 19 minutos, o atacante perdeu gol feito na área ao bater firme, triscando a trave. A cara de lamento era explicável pela rara oportunidade desperdiçada por centímetros. O domínio americano dos 45 minutos iniciais já não existiam.

Gregg Berhalter mexeu no ataque para tentar encaixar um contragolpe. Mas a aposta estava na defesa, também reforçada pelo treinador. Bastava não sofrer um gol. Queiroz, agitado, gesticulava na beirada do campo, como se fosse mais uma peça em campo. Mesmo pressionando até o fim, o empate não veio. A emoção foi até os acréscimos, com cabeçada do zagueiro Pouraliganji passando perto e um pedido de pênalti em Taremi.

Ao apito final, os iranianos desabaram no campo de tristeza, e os americanos pela exaustão após lutarem muito para segurar a vantagem construída no primeiro tempo.

FICHA TÉCNICA

IRÃ 0 x 1 ESTADOS UNIDOS

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IRÃ - Beiranvand; Rezaeian, Majid Hosseini, Pouraliganji e Mohammadi (Karimi); Nourollahi (Torabi), Ezatolahi e Gholizadeh (Ansarifard); Hajsafi (Jalali), Taremi e Azmoun (Ghoddos). Técnico: Carlos Queiroz.

ESTADOS UNIDOS - Turner; Dest (Moore), Carter-Vickers, Ream e Robinson; Adams, Musah, McKennie (Acosta) e Pulisic (Aaronson); Weah (Zimmerman) e Sargent (Wright). Técnico: Gregg Berhalter.

GOL - Pulisic, aos 38 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO - Antonio Mateu Lahoz (Espanha).

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CARTÕES AMARELOS - Adams (Estados Unidos) e Kanaani (na reserva), Jalali e Hosseini (Irã).

RENDA - Não disponível.

PÚBLICO - 42.127 presentes.

LOCAL - Estádio Al Thumama, em Doha.

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