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Éverson, goleiro do Atlético-MG, é vítima de racismo em jogo da Libertadores no Paraguai

Torcedores do Libertad são flagrados fazendo imitações de macaco em direção ao jogador atleticano; diretor de futebol do clube brasileiro registra caso junto ao delegado da partida

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Por Redação
Atualização:

O goleiro Éverson foi vítima de racismo após o empate por 1 a 1 entre Atlético-MG e Libertad, nesta terça-feira, pela sexta e última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. O resultado classificou a equipe mineira para as oitavas de final e empurrou os paraguaios para os playoffs na Copa Sul-Americana. Nas gravações, é possível ver ao menos dois torcedores do Libertad fazendo imitações de macaco em direção ao goleiro Éverson. O momento foi registrado pelo canal de TV do Atlético-MG.

Nas redes sociais, o Atlético-MG se manifestou sobre o novo caso de racismo no futebol. “Indignação é a palavra que define o sentimento do Galo diante das manifestações racistas de torcedores do Libertad, dirigidas ao goleiro Éverson. Punições realmente severas precisam ser aplicadas para que essas cenas covardes e inadmissíveis, vistas no Defensores del Chaco, não aconteçam nos estádios da América do Sul. Ao nosso paredão e multicampeão Éverson, o carinho e a admiração de toda a Massa Atleticana”, escreveu o clube mineiro.

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“Infelizmente, isso ainda acontece, é escancarado, em redes sociais e já aconteceu comigo. Infelizmente, também é nas entrelinhas, as pessoas comentam, mas não usam a palavra. Isso ainda acontece, já ocorreu com o Vini Júnior, um estádio todo contra ele. E hoje por conta, acho eu, de ter feito uma boa partida e ter sido peça fundamental, no final do jogo fui o atleta que mais xingaram e usaram esse ato de racismo mais uma vez”, comentou Éverson na zona mista após a partida.

“Todos somos de carne e osso, todos temos sangue, cada um tem sua etnia, mas ainda falta um pouco de compaixão dos nossos amigos sul-americanos. Sabe que isso acontece no Paraguai, no Chile, na Argentina, em todos os países, e cabe a nós termos cabeça e buscar nossos direitos. Sabe que, infelizmente, só virá uma nota da Conmebol e é buscar se manter firme. Continuar trabalhando, com a esperança que um dia isso pode mudar, mas sabemos que se não tiver medidas mais drásticas, isso vai continuar”, disse o goleiro.

O diretor de futebol, Rodrigo Caetano, entregou ao delegado da partida, representante da Conmebol no duelo, um pendrive com as imagens.

Esse não é o primeiro caso de racismo registrado contra representantes do Atlético-MG nessa edição da Libertadores. Na primeira fase, o venezuelano Carabobo foi multado em R$ 500 mil por insultos racistas da sua torcida contra o Atlético-MG.

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