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Ex-mulher de Caio Paulista depõe e registra B.O após denunciar agressões

Clara Monteiro presta depoimento e faz boletim de ocorrência contra o jogador do Palmeiras na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM); lateral nega acusações

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Foto do author Ricardo Magatti
Foto do author Murillo César Alves
Atualização:

Clara Monteiro, ex-namorada de Caio Paulista, prestou depoimento nesta terça-feira, 17, na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), em São Paulo, três dias depois de acusar o jogador do Palmeiras de agressão.

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A informação foi confirmada ao Estadão pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), que afirmou que Clara foi à delegacia para fornecer mais informações sobre os fatos e demais providências necessárias para o andamento das investigações”.

Segundo a SSP, “outros detalhes serão preservados para garantir a autonomia do trabalho policial e resguardar a vítima”. Marcos Paulo Arias, advogado de Clara, havia dito que ela não tinha registrado antes o boletim de ocorrência por medo de represália. Ele não respondeu aos contatos da reportagem nesta terça.

Caio Paulista, lateral do Palmeiras, é acusado de agressão pela ex-namorada Foto: César Greco/Palmeiras

O caso

Clara Monteiro acusa Caio Paulista de agressões que teriam ocorrido no ano passado. O assunto se tornou conhecido no último sábado, quando a mulher publicou fotos de hematomas e machucados no rosto, pernas e costelas. Foram atos de violência, segundo ela, praticados pelo atleta. O jogador nega as acusações. O Palmeiras afirmou que acompanhará o caso e que não tolera qualquer forma de violência.

Clara, que é mãe da terceira filha de Caio Paulista, publicou um texto em que afirma ter “cansado de se calar”. “Não estou aqui depois de tanto tempo para deixar passar em branco. E sei que diversas mulheres passam por isso todos os dias”, diz um trecho, sem citar o nome do jogador. Em seguida, foram publicadas fotos de hematoma no rosto, nas pernas e na região das costelas.

“Eu cansei. Cansei de me calar, cansei de me esconder e de me sabotar por diversas vezes devido a esta situação”, desabafou a Clara, que disse que as agressões lhe assombram “dia e noite”. “Sei que vou levar comigo no decorrer dessa vida, essa cicatriz e esse trauma misturado com esse sentimento de angústia no meu interior”.

Segundo as publicações, as agressões começaram em 23 de outubro de 2023. Na época, Caio Paulista jogava pelo São Paulo. Naquele dia, o clube teve treinos e se preparava para enfrentar o Palmeiras, em 25 de outubro. O jogador afirma que o relacionamento entre os dois durou “alguns meses” e que a discussão atual na Justiça, sobre pensão, acontece “passado quase um ano do fim”.

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Clara Monteiro acusa Caio Paulista, do Palmeiras, de agressão. Foto: @mont_clara via Instagram

Em nota, o atleta negou ter agredido a ex-namorada e informou que há uma discussão entre ele e Clara na Vara Familiar de São Paulo sobre a pensão alimentícia e outras demandas do filho que eles tiveram juntos. Até o momento, segundo o l, não houve acordo e o caso corre em segredo de Justiça. “Venho afirmar que nunca a agredi, bem como não agredi nenhuma outra mulher, e, acima de tudo, a respeito como mãe da minha filha”, afirmou Caio Paulista.

A diretoria do Palmeiras convocou Caio Paulista para uma reunião ainda na noite de sábado, quando tomou conhecimento das acusações da ex-namorada do atleta. Segundo o clube, o lateral negou ter cometido qualquer agressão e disse não haver processo ou investigação contra ele na esfera criminal”. O clube reiterou que continua acompanhado o caso “com a devida atenção”.

O jogador esteve em campo no domingo, quando o Palmeiras recebe o Criciúma, pela 26ª rodada do Brasileirão. Ele foi expulso aos 23 minutos do segundo tempo. Portanto, está suspenso e não poderá enfrentar o Vasco em duelo marcado para o próximo domingo, às 16h, no Maracanã.

EM CASO DE VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

O Ligue 180 trabalha para o enfrentamento à violência contra a mulher, no qual podem ser feitas denúncias de violações contra as mulheres. A central também encaminha o conteúdo dos relatos aos órgãos competentes e monitora o andamento dos processos.

Além do número de telefone 180, é possível realizar denúncias de violência contra a mulher pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil e na página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

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