SÃO PAULO - Real Madrid e Atlético de Madrid fazem hoje mais um capítulo do histórico clássico da capital espanhola, mas com uma situação que poucas vezes se viu no encontro dos dois. Em vez do sempre poderoso Real chegar como grande favorito à vitória, desta vez é o aguerrido Atlético que entra em campo em melhor fase.Iluminado pelos gols do artilheiro colombiano Falcão Garcia - atualmente um dos jogadores mais cobiçados da Europa -, o Atlético enfrenta seu grande rival em situação bastante confortável. Vice-líder na classificação do Espanhol, com 34 pontos, o time vermelho e branco tem oito pontos a mais que o Real, em crise pelos tropeços no campeonato local e na Copa dos Campeões.Para alguns jogadores do Real, o clássico no Santiago Bernabéu pode ser a oportunidade de fazer a temporada voltar a ser mais suave para o time. É o caso de Cristiano Ronaldo. O goleador português já está há duas partidas sem fazer gols (um retrospecto fora do normal pelos padrões do atacante). E o Atlético, historicamente, é uma das maiores vítimas de "CR7". Contra o rival de Madrid, Cristiano Ronaldo já anotou sete gols desde que chegou ao Real.Mas se na atual temporada a situação do "primo pobre" madrilenho é melhor do que a de seu arqui-inimigo, entre os técnicos a situação ainda coloca o comandante do Real um patamar acima de seu colega. Diego Simeone, apontado como um dos principais responsáveis pela volta do Atlético aos títulos, se declara um fã confesso de José Mourinho. "Admiro muito o trabalho dele. Ele é um ganhador e mostra isso em todos os países em que trabalha. Ele venceu com vários clubes e jogadores", declarou o treinador argentino, em plena semana pré-clássico.
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