A vitória de Messi na premiação de melhor jogador do mundo no The Best, da Fifa, foi controversa. Sem a presença de nenhum dos três finalistas – primeira vez que isso ocorre desde 2016, quando a premiação foi instituída –, Thierry Henry, um dos cerimonialistas, ‘recebeu’ simbolicamente o prêmio, sob os olhares de constrangimento do público presente. A escolha do vencedor na premiação se dá por quatro categorias de eleitores: capitães e técnicos das seleções nacionais, jornalistas e fãs, estes por meio do site da Fifa.
No caso dos representantes brasileiros na eleição, Fernando Diniz, que comandou interinamente a seleção em 2023, enquanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aguardava a definição de Carlo Ancelotti, votou no The Best como técnico do Brasil. Dorival Júnior assumiu o comando da equipe na última semana, mas não teria tempo hábil para mudar o representante na eleição. Além de Diniz, Casemiro, escolhido capitão da seleção no último ano, foi outro representante do Brasil no prêmio.
Treinador campeão da Libertadores pelo Fluminense em 2023, Diniz acompanhou a maioria dos eleitores e escolheu Lionel Messi como melhor jogador do mundo. Em segundo lugar, votou em Kevin de Bruyne e colocou Haaland para fechar seu top 3. Cada eleitor formou seu top 3 ideal, com pontos sendo distribuídos de acordo com cada posição – cinco para o primeiro colocado, três para segundo e um para o terceiro.
Já Casemiro, diferentemente da maioria dos capitães de seleções, escolheu Erling Haaland como melhor jogador do mundo em 2023. Messi e Mbappé ficaram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, na escolha do volante do Manchester United.
Messi terminou empatado em pontos com Erling Haaland (48 para ambos). O argentino ganhou o prêmio por ter sido escolhido mais vezes como primeiro lugar na votação. Mbappé terminou na terceira colocação, pela escolha do eleitorado. Nenhum dos três esteve presente na cerimônia, realizada em Londres. Segundo o regulamento, se os finalistas ficassem empatados em pontos, o prêmio será dado ao jogador que for escolhido mais vezes como primeiro lugar na votação. Nesse critério, Messi venceu por ‘goleada’ o atacante norueguês (107 a 64).
Como votaram os finalistas?
Messi, assim como Casemiro, teve a possibilidade de votar no The Best por ser capitão da seleção argentina. Na opinião do camisa 10, Erling Haaland foi o melhor jogador do mundo em 2023 – não havia a possibilidade de votar em si mesmo. Vencedor do principal prêmio da noite, escolheu Mbappé e Julián Álvarez para fechar seu top 3.
O atacante do Inter Miami não viajou para Londres, onde ocorreu a cerimônia do The Best da Fifa. Pelo contrário, preferiu permanecer na Flórida, ao lado de sua família. O mesmo ocorreu com os outros dois finalistas. Haaland não pôde votar em seus finalistas, por Martin Odegaard ser o capitão da Noruega, mas Mbappé, como líder da França, escolheu Messi como melhor jogador de 2023. Na escolha do camisa 10 da França, Haaland e De Bruyne fecharam o top 3 de 2023 na categoria.
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