Fernando Diniz vê Neymar ‘muito disposto’ e aposta em sucesso do atacante na seleção brasileira

Treinador convoca o atacante, agora no futebol árabe, e diz que ele ainda não escreveu ‘o capítulo mais bonito de sua história’

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Foto do author Marcio Dolzan
Atualização:

Convocado pela primeira vez para a seleção brasileira desde a Copa do Mundo de 2022, Neymar vai ter com o novo técnico, Fernando Diniz, mais uma chance de tentar ser protagonista da equipe. Na avaliação do treinador, o atacante que se transferiu esta semana para o futebol árabe “está muito disposto” e merece “escrever o capítulo mais bonito da sua história”, o que Diniz considera que ainda não aconteceu.

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Após o fracasso no Mundial do Catar, Neymar deu declarações dando a entender que poderia deixar de defender a seleção brasileira. Machucado, ele não esteve nas convocações do interino Ramon Menezes. Agora, volta a ter chance com Diniz.

“Conversei com o Neymar recentemente, ele se mostrou muito disposto”, disse o novo técnico da seleção brasileira nesta sexta-feira, logo após anunciar a lista de convocados para os dois primeiros jogos do Brasil nas Eliminatórias, diante de Bolívia e Peru.

Diniz voltou a convocar Neymar para a seleção brasileira após o atacante ficar fora das últimas por lesão no tornozelo. Foto: Pedro Kirilos/Estadão

“Vocês já sabem o que penso em relação a ele, mas vou repetir: é um jogador que é muito difícil aparecer outro. Um talento muito raro do futebol mundial e merece até o final de sua carreira, pelo imenso talento que ele tem, escrever o capítulo mais bonito da sua história - que, pra mim, ainda não foi escrito.”

A convocação de Neymar veio poucos dias após o atacante assinar sua transferência para o Al-Hilal, da Arábia Saudita. Será a primeira vez na história que a seleção brasileira contará com um jogador que atua no futebol daquele país. Além do atacante, o zagueiro Ibañez, do mesmo Al-Hilal, também foi chamado.

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O impacto que o fluxo de jogadores selecionáveis para a Arábia Saudita irá causar na seleção ainda é incerto, considerou Diniz. “Em princípio, a gente não sabe o que vai acontecer. Quando não se sabe o que vai acontecer, gera preocupação. Tomara que eles consigam estruturar a liga e que ela seja competitiva. O fato de levar jogadores já torna mais competitiva, mas isso não faz ela se tornar competitiva automaticamente”, ponderou.

“É uma novidade para o mundo do futebol essa inserção da Arábia Saudita na aquisição de jogadores com idade para militar na Europa, centro principal dos jogadores. A gente vai passar a olhar e não sabe o que vai ser daqui para frente. O que vai determinar o meu olhar e a convocação dos jogadores é o desempenho fora daqui, seja na Arábia Saudita, na Europa, no Brasil, onde quer que seja. E principalmente quando eles forem convocados, como vão desempenhar dentro da própria seleção”, sustentou Diniz.

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