Após derrota para o Argentinos Juniors, pela Libertadores, o Corinthians decidiu, após reunião nesta quinta-feira, pela saída do técnico Fernando Lázaro do comando da equipe. O treinador retorna à comissão técnica permanente da equipe e deixa o time após 17 jogos, oito vitórias, cinco empates e quatro derrotas – um aproveitamento de 56,8% neste ano. Luciano Dias e Thiago Larghi, auxiliares trazidos por Lázaro, deixam o clube.
Cuca, ex-Atlético Mineiro e Palmeiras, será o substituto de Lázaro. Aos 59 anos, será a primeira passagem do treinador pelo clube e terá seu contrato válido até dezembro de 2023. Junto a ele, chegam Cuquinha, auxiliar técnico e Daniel dos Santos Cerqueira, analista de desempenho.
Lázaro havia sido técnico interino do Corinthians em outras oportunidades e foi efetivado pela diretoria em dezembro após a saída de Vítor Pereira, que decidiu não renovar com o clube ao alegar “questões pessoais” para deixar o País em sua despedida – o treinador foi anunciado pelo Flamengo no mesmo mês.
No Corinthians, Lázaro passou por altos e baixos ao longo desses quatro meses. No ínicio da temporada chegou a conquistar uma sequência de três jogos com vitória, mas foi eliminado precocemente pelo Ituano, nos pênaltis, nas quartas de final do Paulistão. A derrota para o Remo, pela Copa do Brasil, e para o Argentinos Juniors aumentaram a pressão da torcida sobre o time e abreviaram a passagem do treinador.
O treinador era visto com bons olhos pelos dirigentes pelo trabalho exercido no clube. Então analista de desempenho e expert em analisar adversários, ele teve sua primeira chance como efetivo sob garantia que poderia fazer o atual elenco render bem mais que sob a direção de Vítor Pereira. O português jamais conseguiu emplacar bons resultados e um rendimento que agradasse. Fora de casa, o time era alvo fácil.
Aos 41 anos, Lázaro tem uma relação antiga com o clube. Filho do ídolo Zé Maria, que marcou época no Corinthians nas décadas de 1970 e 1980, chegou ao clube em 1999, para trabalhar no setor de informática. Após passagem pela comissão técnica da seleção brasileira, no Mundial da Rússia e na Copa América de 2019, ele trabalhou como auxiliar do clube na era Sylvinho e ficou com a função de analisar adversários durante o comando de Vítor Pereira.
Ele tem experiência como técnico interino do Corinthians, após as saídas de Vagner Mancini e Sylvinho, e foi um dos “pupilos” de Tite durante a passagem do treinador corintiano. Ele chegou a receber o convite do treinador da seleção brasileira para integrar a comissão na Copa do Mundo do Catar, mas aceitou a proposta do alvinegro.
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