Denúncias de crime sexual serão investigadas na federação francesa de futebol

Principal alvo é o presidente da entidade, Noël Le Graët, de 80 anos; caso foi revelado no início do mês pela revista ‘So Foot’

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Por Redação
Atualização:

A dois meses da Copa do Mundo do Catar, a ministra do Esporte da França, Amélie Oudéa-Castéra, anunciou nesta sexta-feira que ordenou uma investigação para apurar as denúncias de assédio sexual na Federação de Futebol da França (FFF). O principal alvo será Noël Le Graët, presidente da entidade, de 80 anos.

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O anúncio veio poucas horas depois de uma reunião entre a ministra e o presidente da federação. Ela chamou a investigação de “missão de controle e auditoria”. A apuração é consequência de várias denúncias de assédio sexual feitas por reportagem da revista So Foot, publicada no início deste mês.

Ao longo de seis páginas, a publicação apresenta depoimentos de diversas funcionárias da federação revelando Le Graët. Algumas já haviam deixado a entidade. A maior parte das denúncias foi anônima. Elas afirmaram que recebiam mensagens de texto inapropriadas do presidente e que viviam em um “ambiente tóxico” dentro da federação.

Noël Le Graët, presidente da FFF, é o principal alvo das investigações de crime sexual na entidade. Foto: Christophe Ena/AP

A federação prometeu acionar a revista na Justiça. O presidente não se manifestou publicamente sobre as denúncias.

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Em comunicado, a ministra do Esporte afirmou que ouviu os comentários de Le Graët sobre as denúncias. E disse que é “imperativo que a FFF siga com suas atividades com absoluto respeito a todos os seus funcionários, independente da posição hierárquica em que atuem”. Ela cobrou que a entidade “atua firmemente para prevenir e lutar contra todas as formas de discriminação e violência, incluindo violência sexista e sexual”.

O presidente da FFF disse apenas que vai fornecer todas as informações necessárias à investigação e que vai trabalhar “com toda a transparência”. Nesta semana, em entrevista ao jornal L’Équipe, ele descartou rumores de que poderia deixar o cargo antes do fim do seu mandato, em 2024.

“Se a minha saúde continuar estável, se eu estiver bem, não há nenhuma razão para eu parar. Eu sou muito bom no meu trabalho e todo mundo gosta de mim. Tenho sorte de ser respeitado”, declarou o presidente da federação francesa.

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