A Fifa minimizou nesta sexta-feira as denúncias de doping no futebol da Rússia, que sediará a Copa de 2018. De acordo com a entidade, "não há indicações" de que o esporte tenha sido atingindo em uma grande denúncia que envolve outras modalidades, principalmente o atletismo.
"A Fifa está monitorando cuidadosamente as notícias acerca do doping na Rússia e está em contato próximo com a Agência Mundial Antidoping. Até agora, não há indicações de que o futebol também está envolvido", afirmou a Fifa, em comunicado.
Denúncia da ARD, canal de televisão da Alemanha, e do jornal francês L''Equipe mostraram um forte esquema de corrupção, extorsão e encobrimento de casos de doping no esporte russo. A denúncia alcançaria também o laboratório russo que é credenciado pela Agência Mundial Antidoping e a Agência Russa.
O laboratório russo será utilizado para analisar as amostras colhidas dos jogadores que vão disputar a Copa das Confederações de 2017 e a Copa do Mundo de 2018. A Fifa, no entanto, destacou que assumirá o comando do laboratório durante a realização destes eventos. Na Copa deste ano, no Brasil, nenhum jogador russo foi flagrado nos testes.
Atletas do futebol russo foram pegos em exames antidoping na temporada 2009/2010 durante jogo da Liga dos Campeões. Três jogadores do CSKA Moscou foram suspensos pela Uefa. Um deles, o zagueiro Sergei Ignashevich, disputou as três partidas da Rússia na Copa do Mundo do Brasil.
Além da Fifa, a Uefa se manifestou sobre a denúncia no esporte russo e também minimizou as suspeitas sobre o futebol. "Quando alguém tenta trapacear, talvez isso funcione em outros esportes, mas não vai funcionar conosco", declarou o secretário-geral Gianni Infantino.