Análise | Flamengo segue ‘viúvo’ de Jorge Jesus e vai para 9º técnico em 4 anos

Clube carioca demitiu Tite na manhã de segunda-feira e vai ter Filipe Luís como interino na semifinal da Copa do Brasil

PUBLICIDADE

Foto do author Gustavo Faldon
Atualização:

Tite ficou 11 meses à frente do Flamengo, foi o técnico mais longevo desde que Jorge Jesus abandonou o clube no meio da pandemia para voltar ao seu amado Benfica, em 2020.

O clube carioca desde então segue “viúva” de Jorge Jesus. É comum torcedores rubro-negros mencionarem o nome do português a cada nova saída de um treinador, ou mesmo quando o Flamengo possui um técnico vigente.

PUBLICIDADE

Fato é que os 6 meses de 2019 jamais seriam repetidos mesmo de Jorge Jesus voltasse. E chance para o retorno não faltou. Em 2021 o Flamengo foi representado com Marcos Braz até Portugal para tentar resgatar Jesus, então empregado, mas balançando no Benfica.

Eles se reuniram, mas o português não quis deixar o clube de seu país-natal no momento. O Flamengo fechou com Paulo Sousa e dias depois Jesus foi demitido do Benfica.

Tite no banco do Flamengo durante jogo da Libertadores Foto: Eitan Abramovich/EITAN ABRAMOVICH

Hoje, Jorge Jesus está no Al Hilal ganhando um salário astronômico e em boa fase na Arábia Saudita. E desde 2020 já oito técnicos passaram pelo Flamengo (Doménec Torrent, Rogério Ceni, Renato Gaúcho, Paulo Sousa, Dorival Jr., Vítor Pereira, Jorge Sampaoli e Tite) e Jesus sempre é lembrado, mesmo que o clube tenha conquistado Libertadores, Copa do Brasil (ambos com Dorival) e Brasileirão (com Ceni) no período.

Publicidade

Não é loucura pensar que, caso Filipe Luís vença o Corinthians e avance à final da Copa do Brasil, ele seja efetivado no cargo ao menos até o fim do ano, mesmo tendo iniciado na nova carreira em janeiro deste ano. Mas ainda assim ele seria o nono técnico desde a saída de Jesus.

Fato é que parece que a torcida do Flamengo precisa que Jorge Jesus volte e fracasse para se convencer que o problema do Flamengo não está em quem comanda o time, e sim o clube.

Análise por Gustavo Faldon

Editor de Esportes do Estadão. Já cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas, Super Bowls, UFC, Fórmula 1, NBA e muitos outros esportes. É jornalista formado pelo Mackenzie e com MBA em Gestão e Marketing Esportivo

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.