A direção do Fluminense tem interesse em transformar o clube em SAF. Inicialmente, a mudança seria para encontrar um investidor que teria uma porcentagem das ações. Agora, a ideia é vender “o controle do futebol”, o que significaria mais de 50% das ações.
A busca por quem será o comprador continua em curso. O BTG atua como assessor financeiro para encontrar o parceiro ideal para o Fluminense. O presidente Mário Bittencourt admitiu que o fim de ano conturbado, com briga para fugir do rebaixamento no Brasileirão, recuou a busca por investidores.
O entendimento é de que uma queda para a Série B prejudicaria o projeto de investimento. Bittencourt citou o caso do Athletico-PR, que caiu e tem dificuldades para negociar um projeto de SAF.
“Na segunda gestão, conquistamos a Libertadores, mesmo com faturamento abaixo do que faturam os maiores clubes do Brasil. Nosso objetivo da segunda parte da gestão era liquidar a dívida que herdamos do passado. Estamos convencidos de que o melhor instrumento para isso é a SAF”, disse o presidente Mário Bittencourt, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
O presidente do Fluminense negou que tenha feito exigências como ele ser o CEO da SAF. Ele também reiterou que o BTG não é um parceiro de investimento, mas apenas na atuação de busca por um investidor.
“Seria um contrassenso que eu colocasse meus interesses pessoais acima dos interesses do Fluminense. Não foi nenhuma exigência minha, jamais seria, e, repito, o banco, não tem que opinar nesse sentindo, é o assessor financeiro. São os investidores que vão decidir pela manutenção ou não das equipes que estão aqui”, comentou Bittencourt.
“A gente busca um investidor sério, por isso a demora no processo, para não incorrer em erros. A SAF é um instrumento jurídico para trazer novos investimentos para o clube, mas não vai solucionar. Tem clubes que se transformaram em SAF e passam por dificuldade, outros deram certo”, ponderou.
Quando o Fluminense definir um investidor e contar com uma proposta concreta, esta é exibida aos conselhos deliberativos e de direção, mas sem votação. O que define o aceite ou não é uma votação em assembleia-geral extraordinária, em que participam sócios proprietários, sócios contribuintes e sócio torcedores.
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