Análise | Corinthians é frágil na defesa, perde para o Huracán e encerra período invicto em Itaquera

Time alvinegro volta a ser derrotado em casa após 22 partidas e começa mal a jornada na Sul-Americana

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Foto do author Bruno Accorsi
Atualização:

Depois de ser palco da festa do título paulista sobre o Palmeiras, na quinta-feira passada, a Neo Química Arena voltou receber o Corinthians nesta quarta. De volta de Salvador, onde empou por 1 a 1 com o Bahia pelo Campeonato Brasileiro, a equipe alvinegro voltou a sofrer com falhas defensivas e perdeu por 2 a 1 para o Huracán, em jogo da primeira rodada do Grupo C da Copa Sul-Americana, também constituído por Racing-URU e América de Cali.

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A derrota encerra o período invicto que o time vivia em Itaquera desde agosto do ano passado, quando perdeu por por 2 a 1 para o Red Bull Bragantino. De lá até aqui, foram 22 partidas sem perder em casa. Os corintianos voltam à Neo Química no sábado, para enfrentar o Vasco, às 18h30, pela segunda rodada do Brasileirão.

No jogo desta quarta, torcedores não puderam entrar no estádio com símbolos relacionados às torcidas organizadas Gaviões da Fiel, Camisa 12, Fiel Macabra, Pavilhão 9, Estopim da Fiel e Coringão Chopp, punidas por causa dos sinalizadores que foram acesos e atirados ao gramado durante a final do Paulistão. Em portaria publicada horas antes do jogo, a FPF anunciou a punição, de acordo com recomendação do Ministério Público, com validade até o final deste ano.

O Corinthians entrou em campo com três desfalques importantes. Angileri não foi relacionado por causa de uma tendinite no bíceps da coxa esquerda e Hugo Souza teve constatada uma lesão de grau dois na coxa direita, que pode deixá-lo fora de combate por um mês. Quem será baixa por mais tempo é Rodrigo Garro, que viajou a Madri, onde vai realizar um tratamento especial para a lesão crônica que tem no joelho direito.

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Memphis Depay durante partida entre Corinthians e Huracán, na Neo Química Arena. Foto: Andre Penner/AP

As ausências promoveram Matheus Donelli, Bidu e Romero ao time titular. Depois de exibir maior segurança na defesa em jogos como o empate sem gols com o Palmeiras, na conquista do título paulista, o time alvinegro voltou a mostrar a fragilidade defensiva que comprometeu muitos de seus resultados sob o comando de Ramón Díaz.

Por causa disso, sofreu muito cedo, aos seis minutos, um gol de cabeça marcado por Sequeira. Conseguiu se recompor rapidamente e construiu jogadas ofensivas interessantes, com Memphis bastante participativo, caso do lance em que enfiou para Martínez fazer cruzamento para Yuri Alberto, dentro da área, mandar para fora.

A solução para empatar, contudo, foi a bola aérea. Dos pés de Carrillo, saiu o cruzamento que terminou culminou em cabeceio de Raniele para a rede.

A partir daí, o time alvinegro parecia mais perto de marcar o segundo gol do que a equipe da argentina, e teve chances para isso, com Yuri e Raniele, mas um erro individual de Gustavo Henrique permitiu que Huracán voltasse a ficar em vantagem. O zagueiro tentou afastar a bola de cabeça e entregou no pé de Sequeira, que marcou.

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Ramón Díaz fez duas substituições na volta do intervalo. Giovane, que não entrava em campo desde o dia 3 de fevereiro em meio a imbróglio para renovar contrato, entrou em campo ao lado de Talles Magno. Martínez e Romero foram os escolhidos para sentar no banco de reservas.

As mudanças deixaram o jogo mais rápido e aberto. Da mesma forma que conseguia articular jogadas perigosas no campo de ataque, o Huracán encontrava espaço para assustar Matheus Donelli. Entre as tentativas corintianas, destacou-se um quase golaço de Memphis. Ele arriscou de trás da linha do meio de campo, ao notar a posição adiantada do goleiro Gallindez, que fez a defesa e mandou para escanteio.

A entrada de Igor Coronado, nos minutos finais, deu nova vida ao meio de campo alvinegro. O meia procurou a bola e teve finalizações importantes, mas não conseguiu mudar o desfecho da partida.

CORINTHIANS 1 X 2 HURACÁN

  • CORINTHIANS - Matheus Donelli; Matheuzinho, Félix Torres (Igor Coronado), Gustavo Henrique (André Ramalho) e Matheus Bidu; Raniele, José Martínez (Giovane) e Carrillo (Breno Bidon); Romero (Talles Magno), Memphis e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.
  • HURACÁN - Gallindez; De la Fuente, Pereira, Pellegrino e Ibañez; Pérez, Ojeda e Gil (Goitea); Sequeira (Ábila), Mazzantti (Urzi) e Alanís (Cabral). Técnico: Frank Kudelka.
  • GOLS - Sequeira, aos seis e aos 35, e Raniele, aos 12 minutos do segundo tempo.
  • ÁRBITRO - Cristián Garay (CHI).
  • CARTÕES AMARELOS - Raniele, Carrillo (Corinthians)
  • RENDA - R$ 2.749.262,00.
  • PÚBLICO - 40.759 total.
  • LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

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Análise por Bruno Accorsi
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