Surpreso com o noticiário dos jornais no fim de semana, o diretor-técnico Roberto Rivellino quer saber de Vampeta se é verdadeiro o seu interesse de se transferir para o futebol japonês em 2004. No Corinthians, quase todos os dirigentes desconfiam que seja especulação. No sábado, o vice-presidente de futebol Antônio Roque Citadini afirmava: "Não acho que ele jogaria no Japão." Citadini levou em consideração principalmente o apego que o volante tem ao clube. Rivellino prefere ouvir da boca do próprio jogador. O diretor-técnico esteve no Parque São Jorge nesta segunda-feira para se encontrar com Vampeta, mas o jogador não apareceu. Mesmo sendo folga para os demais jogadores, Rivellino imaginou que Vampeta estaria no clube pela manhã, como fizeram os outros atletas lesionados. Sem outra alternativa, ligou para o jogador e deixou um recado na caixa postal do celular. Rivellino, porém, admitiu que ficou ?confuso? com as palavras de um dos empresários do volante, Alexandre Martins, afirmando que Vampeta tinha proposta do Japão e de outros clubes da Europa. "Não entendi nada. Na sexta-feira, conservei com ele, acertamos as pendências, na boa. O Vampeta me pareceu feliz com o acordo", contou. Rivellino diz que conseguiu convencer o jogador a parcelar em cinco vezes o grosso a dívida de R$ 510 mil - R$ 210 mil em direitos de imagem (três meses de atraso) e R$ 300 mil de um débito que era da Hicks Muse e foi assumido pelo clube. Vampeta teve descontados os dias em que não apareceu. "Ele entendeu, nem argumentou", revelou o diretor.
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