Análise | Gabigol evoca o melhor Gabigol, Flamengo vence o Atlético e fica perto do penta da Copa do Brasil

Time rubro-negro faz 3 a 1 no Maracanã e pode até perder o duelo de volta, em Belo Horizonte, que conquista a competição nacional

PUBLICIDADE

Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

O Flamengo está bem perto do pentacampeonato da Copa do Brasil. O time carioca colocou uma mão na taça ao derrotar o Atlético Mineiro neste domingo à tarde por 3 a 1. No Maracanã, foi soberano, explorou com inteligência as fraquezas do rival mineiro e construiu a vitória com protagonismo de alguém que pode se despedir em breve do clube: Gabriel Barbosa, o Gabigol.

PUBLICIDADE

Para ser pentacampeão da competição que paga a maior premiação do País e embolsar mais de R$ 90 milhões, o Flamengo pode até perder na Arena MRV, em Belo Horizonte, onde os dois vão se reencontrar no próximo domingo, às 16h. O Atlético, que busca o tri da Copa do Brasil e acordou tarde no duelo deste domingo, tem de ganhar por três gols de margem. Se vencer por dois, a final será decidida nos pênaltis.

Gerson foi, de novo, o maestro do Flamengo. Mas quem decidiu foi Gabigol. Especulado no Palmeiras, que desistiu do atleta, o camisa 99 resolveu evocar o melhor Gabigol de anos atrás. Provocou muito, discutiu, mas jogou bola. Ele participou da jogada do primeiro gol, anotado por Arrascaeta, e fez o segundo e terceiro em finalizações precisas como nos seus grandes momentos.

Gabigol comemora um de seus dois gols na decisão da Copa do Brasil Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Foi uma tarde inesquecível para o atacante que tantos títulos decidiu para o Flamengo. Não é certo se seu ciclo está na iminência de ser encerrado ou se seu contrato será renovado. Certo é que sua apresentação prova que Gabigol é predestinado e alguém de quem Tite não poderia ter prescindindo. Filipe Luís, por anos colega do jogador, resolveu fazer diferente ao apostar no atleta e não se arrependeu.

Publicidade

Um chute perigoso de Gustavo Scarpa defendido por Rossi, com segundos de jogo, poderia ser o prenúncio de que o Atlético Mineiro havia ido ao Maracanã para vencer. Não foi. Em todo o restante do primeiro tempo, o Flamengo foi dominante, inteligente e eficiente ao explorar a frágil marcação do rival e ir às redes duas vezes.

Foi por meio de uma brecha nas falhas de encaixe defensivo dos mineiros que os cariocas marcaram com Arrascaeta, aos 10 minutos, pegando rebote em finalização de Gabigol, e com o próprio Gabigol. Completamente livre pela direita, o atacante avançou e tocou no canto de Éverson aos 38.

Hulk em disputa de bola com Gérson em Flamengo x Atlético-MG Foto: Pedro Kirilos/Estadão

No segundo tempo, o Flamengo abriu mão de ter a bola, mas se defendeu e se armou para contra-atacar. Em um dos contragolpes que conseguiu, Gabigol concluiu com categoria aos 28 e fez mais de 60 mil flamenguistas sorrirem no Maracanã. Até aquele momento, o jogo do time rubro-negro era perfeito.

Só que o Atlético acordou, ainda que tarde, e aproveitou uma das poucas falhas do rival carioca, para renascer no duelo. Alan Kardec saiu do banco de reservas e, em seus primeiros toques na bola, roubou a bola do desatento Léo Ortiz e finalizou da entrada da área para vencer Rossi. Os mineiro intensificaram a pressão e tiver a chance de fazer o segundo.

Publicidade

Não fizeram, mas demonstraram que estão vivos no confronto e a história pode ser diferente em Belo Horizonte, daqui a uma semana. Tanto que os atleticanos presentes no Maracanã ecoaram o tradicional “eu acredito” no final.

FLAMENGO 3 X 1 ATLÉTICO-MG

  • FLAMENGO: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro (Ayrton Lucas); Evertton Araújo, Gerson e Arrascaeta (Alcaraz); Plata (Fabrício Bruno), Michael e Gabigol (Varela). Técnico: Filipe Luís.
  • ATLÉTICO-MG: Everson; Lyanco (Saravia), Battaglia e Junior Alonso; Rubens, Otávio (Zaracho), Alan Franco, Guilherme Arana (Alisson) e Scarpa (Alan Kardec); Paulinho e Hulk. Técnico: Gabriel Milito.
  • GOLS: Arrascaeta, aos 10, e Gabigol, aos 38 do primeiro tempo. Gabigol, aos 28, e Alan Kardec, aos 34 do segundo tempo.
  • ÁRBITRO: Rafael Rodrigo Klein (RS).
  • CARTÕES AMARELOS: Alex Sandro, Guilherme Arana.
  • PÚBLICO: 67.459 torcedores.
  • RENDA: R$ 15.692.580,00.
  • LOCAL: Maracanã, no Rio.
Análise por Ricardo Magatti

Repórter da editoria de Esportes desde 2018. Formado em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com pós-graduação em Jornalismo Esportivo e Multimídias pela Universidade Anhembi Morumbi. Cobriu a Copa do Mundo do Catar, em 2022, e a Olimpíada de Paris, em 2024.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.