Galvão Bueno se indigna com ausência em Paris-2024: ‘A pior fase da história do futebol brasileiro’

Seleção olímpica não consegue se classificar para a Olimpíada deste ano; o País já ficou fora de Jogos Olímpicos no futebol masculino outras três vezes

PUBLICIDADE

Por Sergio Neto
Atualização:

O sonho do tri olímpico foi adiado. Depois da medalha de ouro inédita no Rio-2016 e o bi em Tóquio-2020, disputado em 2021, o futebol brasileiro não irá sequer disputar a Olimpíada de Paris-2024. O time de Ramon Menezes falhou no Pré-Olímpico, com um melancólico final: derrota para a Argentina por 1 a 0 no domingo. O narrador e jornalista esportivo Galvão Bueno se indignou com a situação e avaliou o momento do Brasil como o “pior da história”.

PUBLICIDADE

“Domingo de carnaval! Queria falar de avenida, de escola de samba… falar do meu Salgueiro! Sorri muito!”, exaltou o comunicador em suas redes sociais. Depois, mudou o tom. “Mas, o futebol brasileiro masculino está fora dos Jogos Olímpicos de Paris. Completa apenas um pacote da pior fase da história do futebol brasileiro”, disparou Galvão, que vem se tornando uma voz dura contra os desmandos da CBF e da seleção.

Galvão, em seu discurso de aproximadamente três minutos no vídeo, fez questão de não citar nomes. Mas relembrou diversas vezes que o futebol do Brasil passou vexame nos últimos anos. Ele mencionou a eliminação no Mundial Feminino, da ex-técnica Pia Sundhage, e o avaliou como “a pior performance na história”. Também falou sobre a eliminação no Mundial Sub-20, em que o País caiu diante de Israel. “Olha a importância do futebol de Israel”, ironizou, referindo-se ao tamanho da seleção brasileira no cenário mundial. Depois, também lembrou da campanha decepcionante das Eliminatórias da Copa. O Brasil é apenas o 6º colocado.

Em seu Instagram, Galvão soma vexames da seleção brasileira e avalia momento como o 'pior da história'. Foto: Reprodução/Galvão Bueno Instagram

“O pior ano da história da seleção principal do futebol brasileiro. Não vou falar do técnico, não vou falar dos jogadores”, disse Galvão. Depois, citou a organização e dirigentes. “A CBF tem presidente, não tem presidente, volta o presidente, vai continuar o presidente… faz o quê? Processa daqui, processa dali…”

Publicidade

O narrador, por fim, avaliou o desempenho do Brasil contra a Argentina no Pré-Olímpico de Caracas, na Venezuela. Sem apontar culpados ou responsáveis, determinou que a soma do todo é uma decepção completa. “Eu não vou falar do técnico (Ramon Menezes). Eu não vou falar da defesa que é muito ruim, do meio-campo que não se achou e das estrelas da frente (Endrick e Kennedy). Sem citar nomes, mas se esperava que fossem os grandes nomes deste Pré-Olímpico”, disse.

Galvão era pura indignação. “Junta tudo isso. Tudo isso que eu falei… tá tudo errado. Não pode estar correto. Não é a falha desse, dessa, daquele, daquela… não”, avaliou. “Eu vou terminar com uma frase do John Kennedy, que eu acho que define tudo isso que nós estamos falando: ‘providências urgentes têm de ser tomadas no futebol brasileiro’.

“O menino John Kennedy, que fez o gol do título da grande conquista da Libertadores do Fluminense. Ele não veio com desculpas. ‘Ah, sabe como é que é?’. Não. Ele usou a seguinte frase quando questionado o que ele sentia: ‘vergonha, muita vergonha’. O futebol brasileiro é muito grande e isso não pode acontecer”, disse.

Histórico

Desde que o torneio classificatório foi criado, antes dos Jogos de Roma, em 1960, o Brasil não conseguiu a vaga em três ocasiões. De 1900 a 1956, período em que qualquer nação podia se inscrever, os brasileiros jogaram apenas a edição de 1952, em Helsinque, na Finlândia. Então, ficou de fora em 1980, 1992 e 2004.

Publicidade