Galvão Bueno narra a última partida de sua carreira neste domingo, na TV Globo. O icônico narrador se despede dos microfones na transmissão da final entre Argentina x França, pela Copa do Mundo do Catar, a sua décima decisão de um Mundial. O profissional de 72 anos se manifestou nas redes sociais sobre a emoção de dar adeus ao papel que cumpriu ao longo de vários anos.
“Já estou no estádio pra minha última transmissão de Copa do Mundo em TV aberta! Jogão… Mas tô me sentindo meio esquisito! Acho que não vou narrar para não ser a última”, brincou. “Agora já sei como o Arnaldo se sentiu na Rússia”, concluiu, lembrando a despedida do comentarista de arbitragem no último Mundial.
Antes do início da partida, Galvão fez uma breve participação do programa Esporte Espetacular. A passagem contou com a presença do comediante Marcelo Adnet, que apareceu em frente das câmeras imitando o narrador. Galvão Bueno disse que o humorista carioca ainda teria “mais dois anos” para imitá-lo, sugerindo a aposentadoria definitiva da televisão em 2024.
Galvão tem 41 anos de Globo. O vínculo do narrador com a emissora se encerrava ao fim de dezembro, mas o contrato foi renovado e ele seguirá participando de outras atrações do canal. Ele é apresentador do programa “Bem, Amigos”, do SporTV.
Dono de uma das vozes mais marcantes da narração esportiva, Galvão Bueno ganhou notoriedade como o narrador oficial da seleção brasileira na Globo, participando da cobertura do tetracampeonato mundial, em 1994, e do penta, em 2002. Versátil, ficou conhecido por narrar as vitórias do Ayrton Senna na Fórmula 1 e, mais recentemente, foi a voz do ouro de Rebeca Andrade na Olimpíada de Tóquio.
A Globo prepara ainda o lançamento de um documentário original da plataforma de streaming Globoplay, que vai contar com curiosidades inéditas sobre a vida e a carreira do narrador. Ainda não há data para o lançamento.
RELEMBRE MOMENTOS MARCANTES DE GALVÃO BUENO
Na final da Copa de 1994, Galvão ficou marcado pelo grito de “É tetra!” após o italiano Roberto Baggio isolar a sua cobrança e dar o título ao Brasil.
“Sai que é sua, Taffarel” é certamente um dos bordões mais icônicos do narrador. A frase ficou na memória dos brasileiros ao ser dita por Galvão na disputa por pênaltis da semifinal da Copa de 1998, contra a Holanda.
Na Copa América de 2004, o Brasil perdia até os acréscimos da final contra a Argentina. Galvão narrava já então de derrota quando sentiu a possibilidade do empate e falou “capricha, Adriano”. Gol no apagar das luzes e mais um título para a seleção narrado por Galvão.
Infelizmente, Galvão Bueno também ficou marcado pela fatídica narração do 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014, no Brasil. “Lá vem eles de novo” e “virou passeio” foram algumas das frases que o torcedor não esquece daquele dia.
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