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Governo da Argentina ameaça intervir em crise política na AFA; entenda o caso

Inspeção-Geral da Justiça do país barrou o adiantamento das eleições da entidade, que reelegeriam o atual presidente Claudio ‘Chiqui’ Tapia

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Por Redação

A Inspeção-Geral da Justiça (IGJ) da Argentina barrou as eleições da Associação do Futebol Argentino (AFA), que seriam adiantadas para esta quinta-feira, 17 de outubro. Claudio “Chiqui” Tapia, o atual presidente, seria reeleito em uma votação de chapa única. De acordo com o órgão governamental, a assembleia em que a escolha ocorreria “não será válida”. O IGJ ameaçou, ainda, uma intervenção feita pelo Ministério da Justiça.

A reeleição adiantada confirmaria o terceiro mandato de Tapia à frente da associação. Além da mudança da data da escolha do novo presidente da AFA, a assembleia levaria a alterações no estatuto da instituição. Uma delas aumentaria o número de mandatos consecutivos permitidos para membros do Comitê Executivo da Associação de quatro para cinco.

Claudio Tapia em jogo de Argentina contra Bolívia pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 Foto: Juan Mabromata/AFP

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A reunião também mexeria na questão de rebaixamentos da Primeira Divisão nacional e na localização da sede da Associação.

Caso a AFA realize a assembleia barrada pela IGJ, o Ministério da Justiça do país poderá interferir na instituição. Ao menos é o que afirma o chefe da Inspeção-Geral de Justiça, Daniel Roque Vítolo. “É um problema jurídico, não é político como a AFA quer fazer parecer. É uma Associação Civil que violou os seus estatutos e regulamentos”, afirmou Vítolo em uma entrevista à rádio CNN.

“️A Assembleia da AFA de quinta-feira poderá discutir o seu balanço, demonstrações financeiras e orçamento, mas não poderá discutir a reeleição de autoridades ou alteração de estatuto”, continuou o inspetor. As alterações nos descensos seriam mudanças do estatuto.

Vítolo indicou ainda que desobedecer à autoridade do órgão de justiça se configura como um crime, segundo o Código Penal argentino. “Os diretores podem estar envolvidos em crime que é a violação de atos estatutários. Seria uma violação grave da lei que poderia ser considerada uma ofensa grave que poderia permitir a intervenção do Ministério da Justiça”.

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