LISBOA - O governo Lula estuda a criação de um programa de combate ao racismo que visa proteger os atletas das constantes agressões. O assunto foi debatido entre a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e a ministra de Assuntos Parlamentares de Portugal, Ana Catarina Mendes, durante a 13ª Cimeira que aconteceu em Lisboa. No Brasil, os trabalhos envolvem também o Ministério dos Esportes.
Em entrevista há pouco, Anielle Franco afirmou que sentiu boa receptividade e vontade de Portugal em trabalhar conjuntamente à comunidade brasileira no país para resolver questões de racismo e xenofobia.
Na Espanha, próximo destino da comitiva liderada pelo presidente Lula, têm sido reiterados os ataques racistas ao atacante Vinícius Júnior, do Real Madrid e da seleção brasileira, seja dentro de campo, como alvo de torcedores adversários, como também em programas de televisão.
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La Liga, responsável pela organização do Campeonato Espanhol, criou, diante dos casos reiterados, uma comissão para tentar prevenir os ataques a Vini Jr., com a presença de inspetores em setores específicos dos estádios em que o Real Madrid atuar.
Os insultos não têm se limitado ao futebol. Yago Mateus, atleta da seleção brasileira de basquete e do alemão Ratiopharm Ulm, foi à Espanha para um jogo contra o Badalona pela Euroliga e se tornou alvo de racismo. Uma torcedora chamou o brasileiro de “macaco.”