Foram seis meses de tratamento contra um câncer no testículo. Recuperado, o centroavante Sebastien Haller está perto de, enfim, fazer sua estreia oficial pelo Borussia Dortmund. Contratado para substituir Haaland, o centroavante não atua desde 15 de maio, contra o Vitesse, pelo Campeonato Holandês, tem esperança de entrar alguns minutos no amistoso desta terça-feira, contra o Dusseldorf, mas a preparação é para o retorno da Bundesliga, dia 22 de janeiro, diante do Augusburg.
Trabalhando normalmente com os novos companheiros, Haller não esconde a ansiedade e garante que jamais desistiu de lutar para seguir a carreira. Aos 28 anos, ele está pronto para um novo recomeço. “Se eu pensei em desistir do futebol? Eu disse à minha família e amigos sobre isso. Eu nunca estive neste estado de espírito. Para mim, isso nunca foi uma opção. Era apenas uma questão de tempo, de desejo”, afirmou, aos canais oficiais do Borussia Dortmund.
“Por isso continuei trabalhando. Foi apenas um passo. Já falei com pessoas que tiveram isso (doença). Por que teria sido diferente para mim? Eu sabia que tinha tempo para descansar, sem brincar, mas podia aproveitar para trabalhar o corpo, para estar com a família. Consegui me reinventar”, disse. “Agora você percebe que todo o trabalho dos últimos seis meses valeu a pena.”
Pessoas das quais ele conheceu no hospital também serviram para ele lutar contra a doença. “Você encontra muitas pessoas ao longo do caminho, no hospital, por exemplo, que estão melhores do que você naquele momento. Isso às vezes é difícil de suportar, mas você só precisa acreditar que também vai melhorar. Isso ajudou muito.”
O atacante marfinense passou boa parte da recuperação treinando sozinho a parte física e também psicológica. Ele reconhece que não foi um experiência fácil esse período, mas agora já quer estar em campo o mais breve possível. Claro, desde que seja liberado.
“Não coloco limites na minha cabeça. As únicas pessoas que podem me impor restrições são o técnico e a equipe médica”, disse, sobre enfrentar o Dusseldorf.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.