PUBLICIDADE

Ídolo dos EUA, Carli Lloyd detona seleção americana e diz que classificação nas oitavas foi ‘sorte’

Capitã das conquistas da Copa do Mundo feminina de 2015 e 2019, meio-campista critica falta de paixão do atual elenco e arrogância das jogadoras

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

Atuais bicampeãs do torneio, os EUA sofreram para se classificar para as oitavas de final da Copa do Mundo de 2023. O empate contra Portugal na terceira rodada foi suficiente para as americanas avançarem para o mata-mata, mas com apenas 5 pontos. O segundo lugar conquistado no Grupo E foi a pior campanha dos Estados Unidos em uma fase de grupos de Mundiais.

Para Carli Lloyd, capitã da seleção americana nas Copas de 2015 e 2019, o resultado é inaceitável. Em entrevista à Fox Sports, a meio-campista detonou suas antigas companheiras e classificou a postura delas como “arrogante”. A jogadora entende que os EUA não são mais imbatíveis como foram durante seu período de atuação. “Pensamos que podemos simplesmente entrar e vencer jogos. E esse não é mais o caso e as equipes veem isso. Elas veem a arrogância dos EUA, sabem que esse time não é mais imparável”, disparou a atleta.

Alex Morgan e Megan Rapinoe sorriem e celebram classificação norte-americana para as oitavas de final da Copa do Mundo de 2023.  Foto: Andrew Cornaga/AP

PUBLICIDADE

A partida que selou a classificação para as oitavas de final foi tensa. Os EUA fizeram um jogo parelho contra Portugal e, se não fosse por uma bola portuguesa na trave nos acréscimos, talvez não estivessem nas oitavas. “A melhor jogadora em campo foi a trave. Vocês são sortudas de não estarem indo para casa”, afirmou Lloyd.

A jogadora também se incomodou com a celebração efusiva de nomes como Alex Morgan, Megan Rapinoe e Crystal Dunn, que dançaram após a classificação. “Eu nunca vi algo assim. Uma coisa é ser respeitoso com os fãs e dizer ‘Oi’ a sua família, outra é dançar e sorrir”.

Lloyd ainda criticou as atitudes extracampo das atuais atletas da seleção, afirmando que faltava motivação para muitas delas. “Tudo começou a mudar depois de 2020 com todas essas coisas extracampo que estão acontecendo. Você coloca a camisa e tem de se doar ao máximo pelas pessoas que vieram antes de você e pelas pessoas que virão depois. Eu não vejo essa paixão”.

Um dos fatores extracampo que a meio-campista menciona é o fato de que boa parte das jogadoras se recusa a cantar o hino nacional antes das partidas. O gesto, ou a falta dele, não é novidade e ocorre desde o Mundial de 2019. De acordo com a zagueira Noemi Girma, o foco das atletas é o jogo. A questão do hino nacional é algo que está em segundo plano na mente das americanas. “No final, cada jogadora pode escolher o que quer fazer, é tudo o que tenho a dizer”, afirmou.

Nem todas as atletas justificam a ação deliberada de não cantar o hino, algo que é criticado por torcedores e comentaristas nos EUA, mas a seleção americana não tem o melhor dos relacionamentos com a canção do país. Uma das líderes do elenco, Megan Rapinoe já chegou a afirmar que nunca mais cantaria o hino dos EUA devido as inúmeras injustiças e preconceitos que ocorrem no país. Desde 2016, a atacante já se ajoelhou inúmeras vezes durante a canção, imitando protestos antirracistas iniciado pelo jogador de futebol americano Colin Kaepernick.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.