No cair da noite desta segunda-feira, alguns jogadores do Santos compareceram à Vila Belmiro para prestarem suas últimas homenagens ao Rei Pelé. O técnico Odair Hellmann fez o mesmo, mas mais cedo, no início da tarde.
Estiveram na Vila Belmiro Soteldo, Zanocelo, Messias, Lucas Barbosa, Marcos Leonardo, Ângelo, Rwan Seco e Alex. Os atletas ingressaram da mesma forma que autoridades e demais convidados. Eles entraram pelo portão 15 e puderem ficar na região central do gramado, debaixo da tenda principal, onde está o corpo de Pelé.
“Vestir a 10 do Santos se torna uma responsabilidade ainda maior. Tenho muito respeito por essa camisa e pelo clube. Vi com naturalidade (a possibilidade de aposentadoria da camisa 10 do Santos). Mas em um vídeo, Pelé disse para continuarmos representando”, afirmou o venezuelano Soteldo.,
A possibilidade de aposentar a camisa 10 fora trazida a público pelo presidente do Santos Andrés Rueda. Mais tarde, porém, o mandatário desistiu da ideia ao resgatar uma entrevista em que o Rei se expressa contrário à ideia e o número seguirá em uso na equipe da Baixada.
“O Rei foi o mais emblemático entre os Meninos da Vila. Todo mundo sonha em ser um pela grandeza do Pelé. O Rei me lembra títulos, Copa do Mundo e genialidade. O maior de todos”, declarou o garoto Ângelo, que vestia uma camisa com a imagem de Pelé.
O velória de Pelé começou nesta segunda-feira às 10h e prosseguirá até 10h de terça-feira. Em seguida, será feito um cortejo do corpo do Rei pelas ruas de Santos, com passagem na porta da casa da mãe do Rei, Celeste Arantes, que completou 100 anos em janeiro, até a chegada ao Memorial Necrópole Ecumênica, homologado no livro dos recordes como o cemitério mais alto do mundo. O enterro deve ter início às 14h.
Presidente do São Paulo relembra histórias
Julio Casares representou o São Paulo no velório. O presidente do clube paulista contou as memórias de Pelé que mais lhe marcaram. “O (ex-zagueiro) Roberto Dias foi afastar uma bola e mergulhou de cabeça em um jogo contra o Santos. O Pelé poderia chutar a bola, o Dias, mas pulou. Ele respeitava muito todo jogador”, relatou.
“Que os ensinamentos e o legado do Pelé deixem para os brasileiros, sobretudo para as crianças, uma nova forma de enxergar o mundo”.
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