Jogadores da pior seleção do mundo são amadores e têm empregos como administrador e designer

Atletas de San Marino não conseguem viver da renda do futebol e precisam conciliar o esporte com outras profissões

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Foto do author Leticia Quadros
Atualização:

A vitória de San Marino sobre Liechtenstein por 3 a 1 na última segunda-feira, 18, pela Liga D da Liga das Nações colocou o pequeno país em evidência. A ilha, que é rodeada pela Itália, não é conhecida pelo bom futebol. Pelo contrário, a seleção ocupa o último lugar no ranking da Fifa. Por conta disso, os jogadores não podem se dedicar 100% ao esporte. Semi-amadores, os atletas de San Marino têm outros empregos no dia a dia para complementar a renda.

Entre os jogadores que entraram em campo na vitória da equipe, apenas um é atletas profissional, Nicola Nanni, que atua pelo Torres, time da terceira divisão italiana. Ele marcou o segundo gol da seleção, de pênalti, fazendo San Marino virar a partida sobe Liechtenstein. Os companheiros de Nanni, porém, têm outros empregos fora dos gramados.

Por que jogadores da pior seleção do mundo são amadores e têm empregos como administrador e designer Foto: Divulgação/Federazione Sammarinese Giuoco Calcio

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Um dos jogadores mais reconhecidos do país, Marcello Mularoni, é, também, consultor empresarial. O grupo conta com administradores, designer gráfico, personal trainers e até estudantes. Dessa forma, os atletas de San Marino não conseguem se dedicar sempre ao futebol, o que ajuda a explicar os resultados ruins do time e a alcunha de “pior seleção do mundo”.

Os resultados ruins, porém, parecem ter sido esquecidos na última segunda-feira, quando a seleção atingiu feitos históricos como a primeira vitória fora de casa, a primeira vez que marcaram três gols em uma partida e o acesso inédito à Liga C da Liga das Nações. Após a vitória, jogadores e torcedores comemoraram com gritos de “campeões”, para celebrar o momento.

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A vitória de San Marino também credenciou a seleção a uma possível repescagem das Eliminatórias da Europa para a Copa do Mundo de 2026. Quatro vagas na repescagem europeia serão preenchidas com campeões dos grupos da Liga das Nações, incluindo San Marino, que, no entanto, está no fim da fila.

Para participar da repescagem, a seleção de San Marino - que também pode se classificar via Eliminatórias - terá de torcer para que Espanha, Portugal, França, Alemanha, Inglaterra, Noruega, Suécia, Irlanda do Norte, Macedônia do Norte, campeãs de grupos das ligas acima da sua (A, B e C) já estejam garantidas na Copa ou na repescagem.

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