Leila e Casares discutem crise entre Palmeiras e São Paulo na sede da FPF

Encontro foi proposto pelo presidente Reinaldo Carneiro Bastos para selar paz entre as direções

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A crise entre Palmeiras e São Paulo teve um novo capítulo nesta quinta-feira, dia 7. Os presidentes dos dois clubes, Leila Pereira e Júlio Casares tiveram uma reunião para selar a paz entre os clubes, na sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), que agora terá participação na organização dos próximos jogos entre os clubes.

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O encontro foi mantido em sigilo e aconteceu a convite do presidente Reinaldo Carneiro Bastos. A intenção era acabar com a crise antes de novos clássicos entre os clubes. Conforme apurou o Estadão, a conversa se deu em tom cordial, com a perspectiva de que novos casos de ofensas entre dirigentes ou contra treinadores, como aconteceu, não se repitam.

Foi definida uma mudança prática a partir da reunião. Haverá, nos próximos clássicos, a participação da FPF na organização das partidas. É comum que, antes dos jogos, os clubes conversem entre si para definir questões logísticas, por exemplo. Agora, a entidade que comanda o futebol paulista também terá papel ativo nessa conversa.

A FPF quer evitar que haja novas brigas como a do último domingo, quando a diretoria são-paulina se recusou a ceder a sala de entrevistas para o treinador palmeirense Abel Ferreira dar a coletiva de imprensa e ele deixou o clássico sem conversar com os repórteres. Por isso, o clube tricolor recebeu uma multa administrativa da Federação Paulista de Futebol (FPF) no valor de R$ 5 mil.

Presidentes de Palmeiras e São Paulo, Leila e Casares se reuniram na FPF para aparar arestas. Foto: Reprodução/X

A crise entre os dirigentes dos dois clubes se intensificou no último domingo, depois do empate por 1 a 1 pelo Campeonato Paulista. Os são-paulinos colecionaram reclamações sobre a arbitragem. Após o jogo, entre gritos no túnel de acesso aos vestiários, Carlos Belmonte, diretor de futebol do São Paulo, disse que o árbitro permitiu que Abel Ferreira apitasse o jogo. Em seguida, ele ainda se referiu ao treinador como “português de m...”.

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O Palmeiras tratou o caso como xenofobia. Leila definiu a situação como um “ataque histérico” e chegou a anunciar que estudaria medidas legais contra Belmonte. Ela disse que Casares devia procurá-la para pedir “desculpas públicas” e que se comprometa de que isso não vai se repetir. Quanto ao diretor do São Paulo, cobrou que as autoridades o punam como forma de evitar que um comportamento semelhante se repita. “Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes”, enfatizou.

Em resposta, Casares criticou Abel em nota alfinetou e afirmou que sempre recebeu bem a Leila, mas não pode dizer o mesmo do São Paulo no Allianz. “Já tivemos diversos incidentes com nossos profissionais por lá. Não podemos viver como dirigentes do passado, mas não podemos deixar de ter o amor por nosso time do coração”.

Por iniciativa de Leila e Casares, dirigentes que veem o futebol de modo semelhante, como um produto, e têm interesses parecidos, Palmeiras e São Paulo se reaproximaram no ano passados e mantiveram boas relações institucionais. Ambos fizeram um acordo cedendo seus estádios reciprocamente em casos de eventos em dias de jogos. A parceria durou pouco e a relação cordial morreu rapidamente.

Os dois clubes voltam a campo no fim de semana, pela última rodada do Paulistão. Já classificado, o Palmeiras recebe o Botafogo-SP, na Arena Barueri, no sábado, às 18h. O São Paulo visita o Ituano, no domingo, às 16h, e precisa vencer para garantir a vaga na próxima fase.

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