Leila confirma fim da Era Crefisa no Palmeiras e admite valores ‘relevantes’ pagos pelas bets

Em entrevista ao Estadão, presidente diz que ciclo de Crefisa e FAM chega ao fim em dezembro e afirma que próximo patrocinador não terá contrato de exclusividade; Sportingbet é a favorita

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Foto do author Ricardo Magatti

Leila Pereira confirmou que Crefisa e FAM deixarão de patrocinar o Palmeiras a partir de 2025. A parceria será encerrada em dezembro, depois de uma década. Ela já havia sinalizado que acha saudável buscar novos parceiros para o clube e adiantou, em entrevista ao Estadão, que as suas empresas não estamparão mais suas marcas em nenhum espaço da camisa alviverde.

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“Não ficam. Tudo na vida tem um ciclo. Você começa um ciclo e termina. O ciclo da Crefisa e da FAM está chegando ao fim e espero que seja muito vitorioso, como foi no começo”, disse ela, assegurando que suas empresas não estarão nas costas, peito, mangas, ou qualquer propriedade da camisa do Palmeiras.

Como mostrou o Estadão, o Palmeiras tem em mãos uma proposta da Sportingbet para que o site de apostas seja o novo novo patrocinador máster do time masculino. A casa de aposta britânica e o departamento de marketing do clube conversam há meses. Não há acordo, mas a proposta da empresa é a que mais agradou a diretoria palmeirense e a empresa é a favorita na concorrência aberta pelo patrocínio master.

Certo é que o próximo patrocinador do Palmeiras não terá um contrato de exclusividade, como é o atual. O plano da diretoria é fechar acordo na casa dos R$ 150 milhões anuais em patrocínios em todas propriedades da camisa, com a possibilidade de alcançar R$ 170 milhões em caso de cumprimento de metas. “Vamos negociar toda a camisa, o patrocínio máster e todas as propriedades”, enfatizou a presidente.

Leila Pereira confirmou que suas empresas não estarão mais na camisa do Palmeiras a partir de 2025 Foto: Alex Silva/Estadão

Minhas empresas ficaram 10 anos no clube. Costumo dizer que essa parceria foi extremamente vitoriosa. Agora vêm as bets, com valores muito relevantes aos clubes. Todo mundo sabe que um futebol vencedor você só faz com investimento. Primeiro dinheiro, depois boa vontade, decência e responsabilidade

Leila Pereira, presidente do Palmeiras

Favorita a ser reeleita para o cargo mais importante do clube por mais três anos, Leila não é simpática à ideia de ter uma casa de aposta nacional como principal patrocinador do Palmeiras, mas aprova uma bet estrangeira com solidez e longa atuação no mercado. Entende ser o caso da Sportingbet, que não patrocina clubes atualmente, mas é patrocinadora oficial da Conmebol e exibe sua marca na Libertadores, Sul-Americana e Recopa, além de investir na transmissões do futebol na Globo.

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Por enquanto, todos os contatos de bets brasileiras não avançaram. Betnacional, Pixbet e Esportes da Sorte manifestaram interesse em patrocinar o time, mas não chegaram nem perto de evoluir nas conversas. A Betnacional chegou a apresentar proposta de R$ 100 milhões anuais, porém, ficou sem resposta do departamento de marketing do clube.

Com a Crefisa e a FAM, o Palmeiras chegou a ter o maior patrocínio do País, mas os valores ficaram defasados e os rivais passaram a ter camisas mais valiosas, sobretudo depois que as casas de apostas, chamadas de bets, passaram a dominar o mercado. O atual acordo rende R$ 81 milhões fixos por temporada ao Palmeiras - com a possibilidade de alcançar R$ 120 milhões em caso de metas atingidas por títulos conquistados.

As empresas de Leila pagam esse valor desde 2019. Em 2021, o então presidente Maurício Galiotte renovou o acordo por mais e decidiu manter as cifras, sem colocar uma cláusula de reajuste e correção dos valores, o que gerou críticas dos torcedores pelo entendimento de que o patrocínio está defasado, apontando que os rivais têm conseguido acordos mais lucrativos.

Desde quando afirmou que abriria concorrência, Leila tem defendido suas empresas e dito que não vai entrar “nessa pilha” em relação a quantias maiores que patrocinadores pagam aos adversários do Palmeiras. Segundo ela, as negociações são feitas para afastar possíveis “aventureiros”, isto é, empresas não idôneas.

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