Leila Pereira e organizada do Palmeiras ampliam racha com briga sobre ingressos

Mancha Alvi Verde diz que clube negou pedido para separar carga de entradas para o jogo da semifinal da Libertadores contra o Boca Juniors, na Argentina

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Foto do author Ricardo Magatti
Atualização:

A Mancha Alvi Verde, principal organizada ligada do Palmeiras, não terá prioridade na compra de ingressos para o primeiro duelo das semifinais da Libertadores com o Boca Juniors, em Buenos Aires, na Argentina, dia 28. A torcida queria acesso à compra dos bilhetes com prioridade, como é feito tradicionalmente.

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Normalmente, a Mancha pede à diretoria que uma carga das entradas seja reservada para determinado jogo e, geralmente, é atendida. Desta vez, porém, a presidente Leila Pereira decidiu suspender o repasse do lote de ingressos para as caravanas das torcidas organizadas do time.

As vendas aos torcedores para a partida contra o Boca na Argentina serão feitas por meio de critérios de preferência do Avanti, programa de sócio-torcedor do clube. A comercialização começará nesta quarta-feira, dia 20, às 10h, e será realizada de acordo com a pontuação do rating de cada associado, classificados de zero a cinco estrelas, assim como acontece nas pré-vendas Avanti para os jogos realizados no Allianz Parque.

O valor do ingresso, definido pelo clube mandante, é de R$ 300. Segundo o Palmeiras, não haverá desconto de planos Avanti nem benefício de meia-entrada. Cada torcedor terá direito a apenas um ingresso por CPF.

Mancha Alvi Verde diz que não terá acesso à carga de ingressos que pediu para o Palmeiras Foto: Reprodução/ Twitter/ twitpalmeiras

O sócio-torcedor deverá retirar o bilhete físico, mediante apresentação do comprovante impresso gerado no momento da compra e recebido por e-mail, nas bilheterias do Portão B do Allianz entre os dias 21 e 23 de setembro, das 10h às 17h. Serão vendidos cerca de 2 mil entradas, mesmo número que poderão comprar os torcedores do Boca na partida de volta, em São Paulo, dia 5 de outubro, como parte do acordo de reciprocidade entre os clubes.

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Em resposta ao Estadão, o Palmeiras informa não haver cota de ingressos para torcida organizada e que, portanto, nenhum benefício foi suspenso. A Mancha, porém, afirma que havia, sim, a separação de entradas para a uniformizada. A torcida disse ter sido atendida todas as vezes em que solicitou ao clube que fosse separada uma carga de ingressos, menos no primeiro jogo da final do Campeonato Paulista contra o Água Santa e agora.

“Pedimos para que separasse pelo menos 500 dos 2 mil ingressos”, afirmou ao Estadão Jorge Luís Sampaio Santos, presidente da Mancha Alvi Verde. “Quem perde é o Palmeiras de não ter uma torcida que têm o DNA de arquibancada, que fez o que fez em Montevidéu, Abu Dabi e no Mineirão recentemente”, protestou o mandatário da organizada.

Leila Pereira rompeu com organizada do Palmeiras no início do ano passado Foto: Marcelo Chello / Estadão

Mesmo sem essa prioridade na compra dos ingressos, a torcida organizou caravanas com dez ônibus que sairão de São Paulo com destino a Buenos Aires para assistir à partida em La Bombonera. “A Mancha vai estar lá, com 50, 200 ou 500 pessoas”.

A organizada era aliada de Leila até o início do ano passado, quando a empresária, em seus primeiros meses na presidência do Palmeiras, rompeu com a torcida após protestos que enfrentou. A cisão a fez pedir de volta R$ 200 mil que havia dado para o grupo levar torcedores para Abu Dabi no Mundial de Clubes.

A medida relacionada aos ingressos é mais um episódio que acirra a rivalidade entre a presidente e a organizada, ampliando a rota de colisão entre as partes. Recentemente, a presidente e patrocinadora do clube conseguiu na Justiça medida protetiva para que três líderes da Mancha fiquem distantes dela.

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